Tenho um sério caso de amor com a história, principalmente a da moda e da beleza. É impressionante como o jeito que nos mostramos para o mundo é um reflexo do tempo em que vivemos. Há alguns dias, em pesquisas para uma pauta, me deparei com o caso de amor antigo das mulheres e o costume de pintar as unhas, e de cara, me encantei.
O habito de colorir as unhas vem lá de 3500 a.c. As egípcias usavam henna nas unhas para distinção de classe social: as plebéias usavam o preto, já a nobreza cores como o vermelho e o rubi. Aliás, Cleópatra era super adepta do vermelho.
Já na China, em 3000 a.c, os nobres pintavam as unhas de diversos tons de vermelho (incluindo homens e mulheres), e, os guerreiros, antes das batalhas, as coloriam de preto. Foi lá, também, onde surgiram os primeiros esmaltes metalizados, com prata em sua composição.
No século XIX, o habito ficou meio esquecido, e as mulheres apenas lixavam suas unhas e as hidratavam com óleos perfumados.
Foi no século XX que pintar as unhas voltou a fazer parte dos rituais de beleza femininos. Em 1925, durante pesquisas para pintura automotiva, forma descobertas as primeiras soluções que se assemelham aos esmaltes de hoje, mas as formulas não duravam mais de um dia nas mãos. Foi em 1932 que dois irmãos e um químico com uma nova fórmula mais brilhante e com um gama maior de cores fundaram a Revlon, a primeira marca de esmaltes reconhecida mundialmente.
Mas a “revolução” dos esmaltes, que até então apareciam em branquinhos, marrons escuros e vermelhos, aconteceu em 2007 quando em um desfile da Chanel, Karl Lagerfeld propôs cores como o verde e o azul para as unhas. E, a partir de lá, nós sabemos a febre que adornar as unhas se tornou.
Quer ficar por dentro da moda? Curte lá facebook.com/juscchneider