No estudo Prostate Cancer Prevention Trial (PCPT), publicado pelo The New England Journal of Medicine (NEJM), a finasterida reduziu significativamente o risco de câncer de próstata, mas foi associada a um risco aumentado de doença de alto grau. Após 18 anos de acompanhamento, não houve diferença significativa entre os grupos nas taxas de sobrevida global.
Entre 18.880 homens elegíveis que foram submetidos à aleatorização, foi diagnosticado câncer de próstata em 989 de 9.423 (10,5%) no grupo finasterida e 1.412 de 9.457 (14,9%) no grupo placebo (redução de 30% no risco de câncer no grupo da finasterida). Dos homens que foram avaliados, 333 (3,5%) no grupo finasterida e 286 (3,0%) no grupo placebo tiveram câncer de alto grau (escore de Gleason, de 7 a 10) (aumentod e 17% no risco para câncer de alto grau no grupo da finasterida). Dos homens que morreram, 2.538 estavam no grupo finasterida e 2.496 estavam no grupo placebo, para taxas de 15 anos de sobrevivência de 78,0% e 78,2%, respectivamente.
As taxas de sobrevivência de dez anos eram 83,0% no grupo finasterida e 80,9% no grupo placebo para homens com câncer de próstata de baixo grau e de 73,0% e 73,6%, respectivamente, para as pessoas com câncer de próstata de alto grau.
A finasterida reduziu o risco de câncer de próstata em cerca de um terço. O câncer de próstata de alto grau foi mais comum no grupo finasterida do que no grupo placebo, mas após 18 anos de acompanhamento, não houve diferença significativa entre os grupos nas taxas de sobrevida global ou sobrevida após o diagnóstico de câncer de próstata. O estudo foi financiado pelo National Cancer Institute dos Estados Unidos.