Hoje estou me sentindo ultra in. Explico: nosso filho que mora em Porto Alegre chegou com uma novidade maravilhosa. Ele está participando de algo sensacional, que são estações de bicicletas por aluguel. No Parcão, em cujas redondezas ele mora, há duas estações. Ele paga dez reais por mês, tem que respeitar algumas regras, controla pela internet as outras estações e usa um serviço que não têm fiscais, mas têm controle. Caso ele trabalhasse longe, poderia tranquilamente prescindir de carro e de ônibus.
Outro fato que quero citar é sobre a minha amiga de quem falei faz umas semanas que, mesmo fazendo dieta e exercícios, estava engordando após largar do cigarro. Pois soube nesta semana, que ela está magra e linda. Incorporou a corrida à sua vida, o que a fez mais feliz e saudável. Ela adora correr! E não voltaria a fumar nem em sonhos.
Esses dois fatos revelam uma busca pessoal e coletiva por qualidade de vida. Eu me incluo nessa busca e, por isso, sinto que estou fazendo parte de uma galera que não vai parar de buscar mais e mais uma cidade melhor para viver. Sinto que esse movimento está ganhando corpo.
Todos os dias pessoas contam que não fumam mais, outras pretendem parar, outras fazem perguntas, pois querem muito que alguém a quem amam deixe do cigarro. Por causa desta coluna, estou por dentro do que se pensa no quesito vício e estou inno quesito busca por saúde.
As mudanças coletivas para nossa cidade não tardam, sinto isso. As nossas largas avenidas estão caindo de maduras para abrigarem ciclovias; os congestionamentos estão mostrando a urgência de que alguma coisa importante aconteça; o nosso centro agora com uma praça novinha, está prontinho para ser transformado em uma imensa Àgora, lugar para pessoas e não para carros. Isto para alguns ainda é impensável, mas estamos avançando.
Eu estou cansada de tanto sonhar, confesso! Faço parte daquela parcela da população que reivindica com timidez. Enquanto formos tímidos, conseguimos avanços pessoais, assim como a Flávia e eu que paramos de fumar, mas os avanços coletivos ficam para quando o poder público e o poder econômico deixarem.
Algumas soluções me parecem tão simples, pra você não?