De acordo com estudo divulgado na revista Cancer, uma nova estratégia de rastreamento do câncer de ovário pode ajudar no diagnóstico precoce da doença. Atualmente, o câncer de ovário é considerado um dos mais difíceis de diagnosticar precocemente.
Não há exame que rastreie esse tipo de tumor e o descubra em estágio inicial, assim como, por exemplo, o papanicolaou identifica câncer do colo do útero. Além disso, a doença costuma não ter sintomas no início, o que faz com que 75% dos casos sejam diagnosticados em estágios avançados, segundo o Instituto Nacional de Câncer.
A proposta do novo estudo, feito pelo MD Anderson Cancer Center (EUA), é usar dados de exames de sangue simples, aplicados a um algoritmo, para classificar mulheres em faixas de risco baixo, intermediário ou alto. Dependendo dessa classificação, as pacientes, mesmo sem sintomas, seriam encaminhadas à ultrassonografia transvaginal e, se necessário, à cirurgia.
A pesquisa foi feita com 4.051 mulheres que já tinham passado pela menopausa, quando o câncer é mais comum. Em 11 anos de acompanhamento, foram descobertos quatro casos da doença, um no estágio mais inicial.
A estratégia do estudo é baseada em um cálculo que considera a variação do nível da proteína CA125 no sangue. A substância, que aumenta na presença de tumores malignos, é um marcador já usado no diagnóstico de câncer, mas de forma isolada, o que tem se mostrado pouco efetivo. O estudo definitivo sobre o modelo, segundo os autores do trabalho, será publicado em 2015 e está sendo feito com mais de 200 mil mulheres no Reino Unido.
Técnica poderá diagnosticar câncer de ovário precocemente
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