Outubro Rosa

Medicina & Saúde - A iniciativa surgiu na Califórnia, em 1997, por meio do movimento popular conhecido como Outubro Rosa, e ganhou o mundo ao iluminar com holofotes cor de rosa a Torre de Pisa, na Itália, o Arco do Triunfo, na França, o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, entre outros.

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Neste mês, a campanha de combate ao câncer de mama espalha suas luzes por monumentos de vários países. A iniciativa surgiu na Califórnia, em 1997, por meio do movimento popular conhecido como Outubro Rosa, e ganhou o mundo ao iluminar com holofotes cor de rosa a Torre de Pisa, na Itália, o Arco do Triunfo, na França, o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, entre outros.

O plano do movimento Outubro Rosa é chamar a atenção e conscientizar as mulheres que têm 40 anos ou mais sobre a necessidade de reservar um dia em sua agenda para a realização da mamografia anual.  O exame é essencial para o diagnóstico precoce do câncer de mama , fator decisivo para o sucesso do tratamento.

 

Objetivos

* Alertar e orientar sobre a importância da detecção precoce do câncer de mama

* Prestar informações sobre a saúde da mama e ressaltar a relevância da mamografia

* Proporcionar melhoria da qualidade de vida da população

* Reduzir o tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento

 

Fatores de Risco

 

* Fatores Inevitáveis:

 

1) Idade: 75% a 80% dos casos ocorrem em mulheres com mais de 50 anos;

 

2) História familiar: 90% dos casos são esporádicos, mas os 10% restantes estão ligados à predisposições genéticas. História de câncer de mama em familiares do lado materno ou paterno dobram ou triplicam o risco. Quanto maior a proximidade do parentesco, mais alto o risco. Deve-se suspeitar fortemente de predisposição genética quando há vários casos de câncer de mama ou de ovário diagnosticados em familiares com menos de 50 anos (especialmente em parentes de primeiro grau), casos com câncer nas duas mamas (apresentação bilateral), ou casos de câncer de mama em homens da família;

 

3) Menarca: menstruar pela primeira vez antes dos 11 anos triplica o risco;

 

4) Menopausa: parar de menstruar depois dos 54 anos duplica o risco;

 

5) Primeiro filho: primeira gravidez depois dos 40 anos triplica o risco;

 

6) Biópsia prévia em nódulo mamário benigno com resultado de hiperplasia atípica aumenta de 4 a 5 vezes o risco;

 

7) Já ter tido câncer de mama: aumenta quatro vezes a chance de ter câncer na mama oposta.

 

* Fatores modificáveis

1) Peso corpóreo: quando o índice de massa corpórea (peso dividido pela altura ao quadrado) ultrapassa o índice de 35 numa mulher menopausada, seu risco duplica. Se ela for pré-menopausada, no entanto, curiosamente o risco cai 30%;

 

2) Dieta: Consumo exagerado de alimentos gordurosos aumenta o risco 1,5 vezes.

 

3) Consumo de álcool: quando excessivo, aumenta 1,3 vezes;

 

4) Ter recebido radioterapia no tecido mamário para tratamento de outro tipo de câncer: se ocorreu numa menina com menos de dez anos, o risco aumenta 10 vezes;

 

5) Uso corrente de contraceptivos orais: aumenta 1,24 vezes;

 

6) Reposição hormonal por mais de dez anos: aumenta 1,35 vezes.

 

 

Sintomas mais comuns

Em geral, o primeiro sinal da doença costuma ser a presença de um nódulo único, não doloroso e endurecido na mama. Outros sintomas, porém, devem ser considerados, como a deformidade e/ou aumento da mama, a retração da pele ou do mamilo, os gânglios axilares aumentados, vermelhidão, edema, dor e a presença de líquido nos mamilos.

 

Diagnóstico

A mamografia (raios-X das mamas) é o exame mais indicado para detectar precocemente a presença de nódulos nas mamas, muitas vezes menores que 1 cm de diâmetro .

O exame clínico – médico anual e outros exames de imagem como a ecografia e a ressonância magnética nuclear e laboratoriais - também auxiliam a estabelecer o diagnóstico.

Apesar de a maioria dos nódulos de mama ter características benignas, para afastar qualquer erro de diagnóstico, deve ser solicitada uma biópsia para definir se a lesão é maligna ou não e seu estadiamento (análise das características e da extensão do tumor).

 

Tratamento

As formas de tratamento variam conforme o tipo e o estadiamento do câncer. Os mais indicados são: quimioterapia (uso de medicamentos para matar as células malignas), radioterapia (radiação), hormonoterapia (medicação que bloqueia a ação dos hormônios femininos) e cirurgia, que pode incluir a remoção do tumor ou mastectomia (retirada completa da mama).

O tratamento geralmente inclui a combinação de dois ou mais recursos terapêuticos.

 

Incidência

Nos Estados Unidos, uma em cada oito mulheres teve, tem ou terá câncer de mama. Em outros países, como o Japão, a proporção de mulheres afetadas pelo câncer de mama é menor (diferentes hábitos alimentares ou a genética podem explicar a discrepância).

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a incidência de câncer de mama aumentou 10 vezes desde 1960 e 1970. No entanto, a partir dos anos 2000, houve uma estabilização nos números de casos (pelo menos nos países ocidentais), possivelmente devido a uma melhor triagem e detecção do câncer bem como a uma diminuição na adesão da terapia hormonal de substituição.

Em 2012, havia 1,7 milhões de pessoas diagnosticadas com câncer de mama no mundo.

De acordo com a OMS, o câncer de mama provoca 450 mil mortes anualmente em todo o mundo.

Nos Estados Unidos, em 2013, estima-se que houve 240.000 mulheres e 2.150 homens diagnosticados com câncer de mama. Estima-se também que neste mesmo ano, o número de mortes em decorrência do câncer de mama foi de 39.510 mulheres e 410 homens.  A idade média no diagnóstico do câncer de mama é aos 61 anos.

No Brasil

No Brasil, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), são esperados de quase 60 mil novos casos de câncer de mama em 2013, com um risco de 49 casos a cada 100 mil mulheres, principalmente nas regiões Sul e Sudeste, onde já existe uma concentração maior de diagnósticos da doença. Segundo dados do DataSUS do Ministério da Saúde, o número de mulheres que morreram por causa do câncer de mama aumentou 45% em 10 anos.

 

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