Várias pessoas comentaram o meu (ainda) desejo de fumar e me proporcionaram a chance de analisar o que isso representa de perigo de uma recaída. Houve quem ficou triste por acreditar ser impossível parar de fumar e eu contei como estava lidando com isso.
Cada vez que entro em contato com fumantes eu procuro me ocupar. Leio, mexo em plantas, bato um bolo, saio de perto. Sair de perto está sendo suficiente, o que pra mim é uma agradável constatação.
Há agora o risco da valentia, do excesso de confiança. As estatísticas revelam que mais de noventa por cento dos que tentam parar de fumar não conseguem na primeira tentativa. Eu acredito que os primeiros dias sejam os responsáveis pela volta ao cigarro, por causa dos sintomas agudos de abstinência. Os que voltam a fumar após meses de sucesso constatam a facilidade com que nos curvarmos diante da possibilidade de prazer que o cigarro proporciona.
Sair de perto é uma arma valiosa, por que acaba mostrando nossa capacidade de resistir e constatar que é cada vez mais fácil. Com o tempo percebemos que a única certeza que devemos ter é a de não querer fumar nunca mais.
Acho que o objetivo desta coluna foi alcançado e, para não ser maçante, paro por aqui, na torcida ter proporcionado algumas dicas úteis para este afã, que deve ser o de todos os que sabiamente procuram livrar-se de uma forma de escravidão.
Agradeço a oportunidade de escrever esta coluna, símbolo do compromisso que assumi comigo e com você, leitor!