Caminhar reduz o risco de câncer de mama

Medicina & Saúde - coluna semanal do Centro Integrado de Terapia Onco-hematológica

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Mulheres, na pós-menopausa, que andam uma hora por dia podem reduzir significativamente o risco de terem câncer de mama, segundo um novo estudo publicado recentemente. O levantamento, que acompanhou 73 mil mulheres por 17 anos, descobriu que andar 7 horas durante uma semana diminui os riscos de contrair a doença. A equipe da Sociedade Americana do Câncer afirmou que esta foi a primeira vez que a redução de riscos foi especificamente ligada à caminhada. Especialistas britânicos disseram que o estudo é uma evidência de que o estilo de vida influencia o risco para o câncer.

O atual estudo acompanhou 73.614 mulheres, de 50 a 74 anos, recrutadas pela Sociedade Americana do Câncer entre 1992 e 1993 para monitorar a incidência da doença. As voluntárias responderam a questionários sobre sua saúde e sobre quanto tempo permaneciam ativas e participavam de atividades como caminhadas, natação e exercícios aeróbicos. Elas também registraram quanto tempo ficavam sentadas assistindo à televisão ou lendo.

As mulheres preencheram os mesmos questionários em intervalos de dois anos, entre 1997 e 2009. Andar como única atividade recreacional foi o hábito mencionado por 47% das pesquisadas. Aquelas que andavam pelo menos 7 horas por semana tiveram uma redução de 14% no risco de câncer de mama, comparadas com aquelas que andavam apenas 3 horas ou menos por semana. A epidemiologista Alpa Patel, da Sociedade Americana do Câncer em Atlanta, na Georgia, que liderou o estudo, afirmou: "Dado que mais de 60% das mulheres relataram andar diariamente, promover a caminhada como uma atividade saudável de lazer pode ser uma estratégia efetiva para aumentar a atividade física entre as mulheres na pós-menopausa."

"Ficamos contentes em descobrir que, sem nenhuma outra atividade recreacional, apenas andar 1 hora por dia foi associado a um menor risco de câncer de mama nessas mulheres. Atividades mais longas e extenuantes reduziram ainda mais o risco", destacou Alpa. Delyth Morgan, executiva-chefe da Campanha Contra o Câncer de Mama, completou: "Esse estudo adiciona mais evidências de que nossas escolhas de estilo de vida podem influenciar no risco de câncer de mama e mostra que mesmo mudanças pequenas incorporadas às nossas atividades cotidianas podem fazer a diferença. Sabemos que a melhor arma para superar o câncer de mama é a habilidade de interrompê-lo, em primeiro lugar. O desafio agora é saber como transformamos essas descobertas em ação e como identificamos outras mudanças de estilo de vida sustentáveis que nos ajudarão a prevenir o câncer de mama".

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