Hospital Samaritano realiza cirurgia fetal inédita na América

Medicina & Saúde - A técnica endoscópica foi desenvolvida na Alemanha, publicada em 2009, com cerca de 70 procedimentos já realizados desde então.

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Especialistas do Núcleo de Medicina Fetal e Perinatal do Hospital Samaritano de São Paulo realizaram, no início deste ano, um procedimento inédito na América - uma cirurgia endoscópica para fechamento de espinha bífida/mielomeningocele.

A mielomeningocele é uma doença congênita caracterizada por uma malformação das estruturas que protegem a medula, que acomete o bebê na sétima semana de vida intra-uterina. A cirurgia fetal tem o objetivo de proteger (cobrindo ou fechando) a medula exposta, visando reduzir a lesão dos nervos expostos ao líquido amniótico durante toda a vida intra-uterina, o que levaria a uma destruição nervosa progressiva.

“O diagnóstico precoce de malformação no pré-natalé o primeiro passo para o sucesso de intervenções que possam ser feitas por cirurgia fetal”, afirma Denise Pedreira, pioneira em cirurgia fetal endoscópica no país e especialista do Núcleo de Medicina Fetal e Perinatal do Hospital Samaritano de São Paulo.

A especialista em Medicina Fetal explica que a correção deste defeito antes do nascimento mostra melhora no desenvolvimento neurológico do bebê e menor necessidade de colocar válvula para tratar a hidrocefalia, quando comparada aos casos operados somente após o nascimento.

A técnica endoscópica foi desenvolvida na Alemanha, publicada em 2009, com cerca de 70 procedimentos já realizados desde então. Esta foi a primeira vez que esta cirurgia foi realizada fora da Alemanha em qualquer país do mundo. A cirurgia convencional é feita “via céu aberto”, com corte na barriga e no útero para operar o feto. Já a técnica endoscópica é feita por câmera de vídeo, sem a necessidade da abertura do útero, apenas pequenos “furos”.

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