Hospitais realizam estudos sobre cirurgia bariátrica

Os voluntários, entre 18 e 65 anos, devem ter obesidade grau 1 ou 2 - quando o IMC (Índice de Massa Corpórea) fica entre 30 e 39.9

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O IEP (Instituto de Ensino e Pesquisa) do HCor - Hospital do Coração, em São Paulo, iniciou o cadastramento de voluntários para realização de pesquisa clínica cujo objetivo é estabelecer a eficácia da cirurgia bariátrica para o controle da hipertensão arterial em pacientes obesos. Os voluntários, entre 18 e 65 anos, devem ter obesidade grau 1 ou 2 - quando o IMC (Índice de Massa Corpórea) fica entre 30 e 39.9, e fazerem uso de pelo menos duas medicações contra a pressão alta em doses plenas.

"Serão estudados dois grupos de 30 pessoas com objetivo de comparar a eficácia de dois tratamentos. Um grupo irá se submeter ao Bypass gástrico (gastroplastia com desvio intestinal em "Y de Roux"), enquanto os demais continuarão controlando a pressão com medicação e orientação dietética", diz o cirurgião bariátrico Carlos Aurélio Schiavon, um dos coordenadores do projeto.

Estima-se que 75% dos pacientes hipertensos recorram a duas medicações para o controle da doença, o que não só interfere no orçamento, como impõe dificuldades de adesão, acesso ao tratamento e efeitos colaterais indesejados.

O Hospital Oswaldo Cruz, de São Paulo, também está recrutando pacientes para participar de um grupo de estudos que vai testar se a cirurgia de redução de estômago pode também servir para ajudar pacientes no controle da hipertensão e na "cura" do diabetes.

Cirurgia pelo SUS

 Hoje o SUS autoriza três técnicas de cirurgia bariátrica:Gastroplastia com Derivação Intestinal; Gastrectomia com ou sem Desvio Duodenal; e Gastroplastia Vertical em Banda. Esta última será substituída por apresentar significativo índice de recidiva de ganho de peso por parte do paciente. No lugar desta técnica está prevista a inclusão da Gastrectomia Vertical em Manga (Sleeve), um dos novos procedimentos bariátricos que tem recebido aceitação global, com bons resultados em múltiplos centros em vários países.

Também há novidade na cirurgia plástica reparadora pós-operatória. Além da oferta da dermolipctomia abdominal – cirurgia plástica reconstrutiva do abdome para correção dos excessos de pele -, o SUS pretende realizar a cirurgia dermolipectomia abdominal circunferencial pós-gastroplastia. Trata-se de cirurgia plástica reconstrutiva do abdome e da região posterior do tronco, realizados em um único ato cirúrgico para correção dos excessos de pele. Além das novas técnicas haverá a inclusão do procedimento ‘Acompanhamento por Equipe Interdisciplinar pré-cirurgia bariátrica’.

 

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