Participação da família na não efetivação da doação de órgãos

Medicina & Saúde - O que mais preocupa a Central de Transplantes é a tendência de aumento nos casos notificados de prováveis doadores que não chegaram a se efetivar como doadores de órgãos

Por
· 1 min de leitura
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

Apesar da maioria das famílias autorizar o ato de doação, os casos de recusa continuam sendo o principal motivo de não efetivação da doação de órgãos. Levantamento da Secretaria Estadual de Saúde inclui o resultado de 355 entrevistas com as famílias de possíveis doadores realizadas em 2012. Em 59% dos casos, as famílias autorizaram a doação de órgãos, enquanto 40% negaram e 1% estava indecisa.

O que mais preocupa a Central de Transplantes é a tendência de aumento nos casos notificados de prováveis doadores que não chegaram a se efetivar como doadores de órgãos, como mostram os dados preliminares de 2013. A recusa familiar responde por quase 70% das causas de não efetivação da doação hoje no estado.

Segundo os dados da série histórica das notificações de morte encefálica e doadores efetivos, a Central de Transplantes do estado registrou um aumento de 16% no número de notificações na comparação entre 2012 e 2011. O número de doadores efetivos aumentou 23% no mesmo período, e 45% na comparação entre 2012 e 2010.

Fim da espera por córnea

Outro resultado importante do balanço realizado pela Central é a diminuição da lista de pacientes ativos à espera por córnea. O número, que era de 382 em março de 2012, chegou a 143 em dezembro e em setembro era de 23 pacientes na fila.

Com este resultado, o Rio Grande do Sul é considerado, pelo Ministério da Saúde, um dos quatro estados, além do Distrito Federal, que conseguiram acabar com a espera para a realização de transplante de córnea. A marca foi alcançada porque a capacidade instalada dos serviços especializados e a quantidade de doações tornaram-se suficientes para atender a demanda atual.

Gostou? Compartilhe