Sobre literatura e arte

Medicina & Saúde - coluna semanal de Sueli Gehlen Frosi

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                Lancei um livro que leva o título de ComPaixão. Está escrito assim mesmo, junto, mas separado. Tive a intenção de mostrar paixão e compaixão, em particularidades de sentimentosque, pretendo, sejam universalizados.  Procuro romper os laços com o lugar e as datas em que os textos foram escritos, para que consigam dirigir-se à humanidade.

                Espero não ser interpretada como alguém que fala em globalização de sentimentos. Isso seria cair na armadilha de uniformizar e não de universalizar. Trata-se de verdades particulares, que não querem sacralizar nenhuma verdade, por que elas são as minhas verdades. Falo de todas as pessoas, mas partindo de mim, da minha realidade e das verdades que construí ao longo da vida. Tento com isso, ser singular dentro de uma cultura e em uma determinada época.

                Acho extremamente pretensioso tentar fazer um livro sobre sentimentos, com o intuito de não ser abstrata, mas profundamente concreta. Lancei meu livro por que quero ser amada por meu humanismo não metafísico, mas espiritual.

                Foi com o meu prosaico ComPaixão que desbravei a Feira do Livro. O fato de encontrar pessoas fazendo o mesmo que eu permitiu que acontecessem pequenos milagres e grandes aprendizados.  Aprendi que emoções aproximam muito fortemente; aprendi que emoção não é pieguice, mas uma troca de sensações humanas palpáveis; aprendi que é possível tornar-se amigo de alguém em pouco tempo, a ponto de não sobrar dúvida do sentimento de amizade recíproco; aprendi que, às vezes, antipatizamos com alguém de forma gratuita, sem nenhum fundamento; e, aprendi que, mais importante que vender livros é oferecermos uns aos outros uma troca rica de ideias, de palavras cuidadosamente enfileiradas umas ao lado das outras, para que consigam dar forma ao pensamentode jovens, adultos e velhos.

                As várias formas de linguagem que permearam a Feira brindaram-nos como que não consigo definir com facilidade.As artes estavam lá, com todo seu esplendor. Acho que Festa é uma boa palavra, mas deixo aberta a possibilidade de encontrar outra melhor.           

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