Miss? Sim

Por Juliana Scchneider

Por
· 2 min de leitura
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

Sei que já fazem mais de duas semanas que o evento aconteceu aqui em Passo Fundo, mas o assunto ainda anda dando o que falar. O concurso de Miss Rio Grande do Sul que aconteceu em Passo Fundo no dia 29 de novembro foi o meu “debut” em plateia de passarelas que não vendem roupas, mas sim, a imagem do ideal da beleza feminina.

Confesso que há pouco tempo atrás, esse universo Miss era bem distante e não muito conhecido por mim. Não sabia como o concurso acontecia, não tinha ideia do desgaste e empenho das meninas em algo que, para muitas, é um projeto de vida. E, depois de conhecer uma pessoa que, literalmente, vive esses concursos, entendi o real significado e sua grandeza.

Mesmo o concurso estadual acontecendo pelo segundo ano consecutivo aqui em Passo Fundo, muita gente ainda não sabe a verdadeira dimensão de sediar o Miss Rio Grande do Sul em sua cidade. Na verdade, me espantei quando conversei com muitas pessoas que não sabiam nem que o evento estava rolando por aqui. Gente do Estado todo aqui, durante uma semana, uma emissora de TV nacional levando o nome da cidade para o país inteiro, e, de alguma forma, fazendo nossa economia girar. O que que tem de ruim nisso? Acho que nada, não é? Aliás, foi devido a um debate que rolou no facebook, que acompanhei atenta e sem me pronunciar, sobre a relevância do concurso na cidade, que surgiu a ideia de me manifestar por aqui.

Tenho muito orgulho de ter trabalhado com a Vitória Sulczinski antes de seu “reinado”. Para quem não sabe, a moça foi quem passou a faixa para a candidata de São Lourenço vencedora do Miss RS 2014. A Vic, como muita gente a conhece, é uma passofundense que ganhou o título no ano passado, e nos representou lindamente no Miss Brasil. Ela não tem nada de cabeça vazia nem falta do que fazer. Muito pelo contrário. A moça tem personalidade e sabe muito bem o que quer. E, foi isso que vi naqueles dias no hotel Prix, onde pude acompanhar um pouquinho da cansativa e árdua rotina das 30 candidatas que disputavam nesta edição. Meninas batalhando por algo que desejavam, e que só por ser relacionado a beleza, é visto como fútil por muito gente por aí.

Confesso que amei a experiência. Programa ao vivo sempre é chato mesmo. Quem trabalha ou trabalhou com TV sabe disso. Tudo gira em torno de tempo, iluminação, câmeras, aplausos. Tudo precisa estar perfeito para o espetáculo ser visto em casa sem imprevistos. Faz parte. O que eu vi foi um show. Um show que foi exaustivamente ensaiado, pelo que eu sei. Meninas que passaram horas e horas, com bolhas nos pés, aguentando no “osso”, para serem julgadas não só por sua beleza, mas também por seu caráter, pois não é só um rostinho bonito que conta, só para informar os desavisados. Elas passam por sabatinas de perguntas, entrevistas tensas, um dia antes do show, que conta muito no resultado.

Eu respeito muito as pessoas. Acho que todos podemos nos manifestar, temos esse direito. Por isso mesmo, hoje eu resolvi falar a respeito do Miss Rio Grande do Sul que aconteceu em Passo Fundo. Deixar aqui um registro do meu orgulho e o reconhecimento. Deixar um parabéns gigante a todas as equipes de beleza dos salões de Passo Fundo, que arrasaram. E, espero, sinceramente, mais reconhecimento por parte “nossa” na próxima vez que o evento rolar por aqui. 

Gostou? Compartilhe