A maioria das pessoas pensa que os colírios são inofensivos e podem ser utilizados sem prescrição médica, à vontade, sem nem ler a bula. Algumas pessoas até fazem uso do colírio indicado para outros pacientes. Mas o que poucos sabem é que esse um erro grave e que cada um precisa do seu para evitar contaminações. Além disso, a escolha do medicamento exige, sim, orientação médica.
Uma pesquisa feita em 2007 pelo oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, do Instituto Penido Burnier, detectou que no verão, o uso de colírio se intensifica. De novembro de 2006 a janeiro de 2007, 40% dos 369 pacientes ouvidos usavam colírios de forma indiscriminada, nesta época do ano. Nos outros períodos, a incidência ficou em 30%.
Existe no mercado colírios antibióticos, antiinflamatórios hormonais (com corticóide), vasoconstritores, antialérgicos, lubrificantes, anestésicos e antiglaucomatoso (para tratamento de glaucoma), entre outros. Em todos os casos, o uso indiscriminado pode trazer sérios problemas, como catarata, infecções, glaucoma e até mesmo a perda da visão.
A última novidade (e preocupação para os médicos) é a aplicação de colírios indicados para pacientes que sofrem de glaucoma na estética. Mulheres têm feito uso desses medicamentos para aumentar os cílios, deixando-os também mais escuros e espessos. O problema é que essas substâncias não foram aprovadas para esse uso pela FDA (agência norte-americana que regula alimentos e medicamentos). Especialistas alertam que o uso desse tipo de colírio pode provocar alergias, inflamação, escurecimentos dos olhos claros, manchas, além de inchaço no centro da retina.
Confira no infográfico
Uso indiscriminado de colírio pode causar problemas
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