Políticas antitabagismo é medida eficaz contra câncer de pulmão

Em 90% dos casos diagnosticados, o câncer de pulmão está associado ao consumo de derivados de tabaco.

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O câncer de pulmão é o mais comum de todos os tumores malignos, apresentando aumento de 2% por ano na sua incidência mundial, segundo dados do Inca (Instituto Nacional do Câncer). Em 90% dos casos diagnosticados, o câncer de pulmão está associado ao consumo de derivados de tabaco. 

No Brasil, foi responsável por 21.867 mortes em 2010, sendo o tipo que mais fez vítimas. Altamente letal, a sobrevida média cumulativa total em cinco anos varia entre 13% e 21% em países desenvolvidos e entre 7% e 10% nos países em desenvolvimento.

Referência mundial em prevenção, ensino, pesquisa e tratamento do câncer, o A. C. Camargo Cancer Center apresentou, no final de maio, um levantamento inédito que mapeou a influência do tabagismo sobre a incidência e mortalidade por câncer de pulmão. A principal conclusão é a de que a medida mais eficaz contra a doença é manter o foco em ações antitabagistas e em apoio ao fumante que deseja deixar o vício.

Os pesquisadores do Núcleo de Pulmão e Tórax e do setor de Bioestatística apontaram que 80% dos 944 pacientes incluídos no levantamento - todos tratados de câncer de pulmão a partir de 2000 -, são fumantes ou fumaram por muitos anos.

No levantamento do A.C. Camargo, estão presentes outros alertas, dentre eles de que apenas 22,3% dos casos de câncer de pulmão foram descobertos em fase inicial. Por sua vez, 56% foram diagnosticados já com a presença de metástase. Enquanto que nos casos iniciais viu-se que 7 entre 10 pacientes estão vivos cinco anos após o tratamento, a proporção cai para abaixo de 1 entre 10 nos casos em que há presença de metástase. Entre todos os pacientes participantes do estudo, a sobrevida global em cinco anos é de 17%.

Ainda segundo o levantamento, 60% dos pacientes são homens e 84% de todos os participantes tiveram a doença diagnosticada após os 50 anos. A boa notícia é o fato de que apenas 17% da população brasileira é fumante, atualmente, média bastante inferior aos 35% registrados 30 nos atrás.

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