Tecnologia no tratamento do cálculo urinário

Medicina & Saúde - Novo equipamento disponível no Serviço Avançado de Urologia do Hospital da Cidade é a mais moderar tecnologia no tratamento e remoção dos cálculos urinários.

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Os urologistas Cláudio Morales, Marcelo Pimentel e Nicolas Leal, do SAU – Serviço Avançado de Urologia, em parceria com o Hospital da Cidade de Passo Fundo, estão disponibilizando aos seus pacientes o uso do equipamento ureteroscópio flexível e laser, a mais moderna tecnologia disponível para tratamento de cálculos urinários, desde a fase de observação até a sua remoção.

De um modo geral, em pacientes pouco sintomáticos e com cálculos de tamanho inferior a 7 mm, pode ser adotada terapia conservadora, utilizando medicações que auxiliam na eliminação dos cálculos e reduzem o número e a intensidade das cólicas.

Segundo os médicos, nos casos em que é necessário tratamento cirúrgico, o tratamento endoscópico utilizando o ureteroscópio semi-rígido é o mais utilizado, dado seu fácil manuseio, boa durabilidade e versatilidade. Cálculos pequenos são retirados através de uma cesta (basket), introduzida pelo interior do ureteroscópio. Para a retirada de cálculos maiores é necessário a sua fragmentação, utilizando-se normalmente litotritor pneumático ou ultrassônico.

Outra maneira de fragmentar o cálculo é através do uso do laser, um feixe de luz que quando acionado pulveriza o cálculo, deixando somente pequenos fragmentos ou muitas vezes pulverizando completamente. A energia é liberada através de uma fibra, a qual é introduzida no canal de trabalho do ureteroscópio. Em urologia o laser utilizado é o holmium. A grande vantagem do laser é a sua segurança, como tem um poder de penetração menor de 0.5 mm, pode ser utilizado para fragmentação de grandes cálculos no interior do ureter ou do rim sem risco de causar dano a essas estruturas.

A ureteroscopia flexível é semelhante à semi-rígida, utilizando óticas finas através da bexiga para ter acesso ao ureter e ao rim. A diferença da ureteroscopia flexível está na tecnologia envolvida na realização do procedimento. Enquanto a ureteroscopia convencional utiliza somente uma ótica reta, a ureteroscopia flexível utiliza uma câmera móvel, maleável, que pode ser movimentada conforme os comandos dados pelo cirurgião. Desse modo, é possível acessar o terço superior do ureter e o rim, o que normalmente não é possível com o ureteroscópio semi-rígido, com uma efetividade para o tratamento dos cálculos nessa localização acima de 95%, sem a necessidade de nenhum corte. Com o ureteroscópio flexível a fragmentação do cálculo é realizada com o uso do laser.

A grande maioria dos cálculos ureterais pode ser tratada de maneira conservadora ou utilizando o ureteroscópio semi-rígido. Para casos de cálculos maiores, ou localizados na parte mais alta do ureter ou até mesmo no rim, a ureteroscopia flexível com uso de laser é uma ótima alternativa, tendo uma grande efetividade sem a necessidade de cortes ou punções renais.

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