Se tem coisa que eu amo nessa vida são discussões apimentadas. Amo discutir. Mas não no sentido de briga, mas sim no de uma conversa com questionamentos que sempre trazem um algo mais e acrescentam alguma coisa para os participantes do “debate”. E, a moda que eu tanto sou apaixonada, sempre causa esse tipo de conversa.
Essa semana mesmo, com alguns amigos queridos, a moda entrou em pauta. Inacreditável para mim que algumas pessoas tão próximas ainda vejam o assunto com aquela cara feia de quem acredita que a moda é futilidade. Que roupa não diz nada. E que simplesmente veste qualquer coisa. Mas, cá entre nós, sabemos que isso não é verdade. Adoro de paixão essa pessoa que, não sei por que, ainda se nega a aceitar que nossa imagem é construída por nós. E, que o que usamos para cobrir nosso corpo fala muito de nós.
O amigo querido que se nega a aceitar que a moda fala de nós, disse que usa o que vê pela frente. Que sua mãe compra algumas de suas roupas. E que, seus cabelos longos, super bem cuidados, não querem dizer nada para o mundo. Como assim? A gente só usa o que gosta. E o que gostamos, consequentemente quer dizer alguma coisa a respeito de nós. São as nossas escolhas e preferencias diante de uma infinidade de ofertas no “supermercado de como se mostrar para o mundo”. Claro e óbvio que existem pessoas perdidas no consumo desenfreado que vivemos. E, essas sim, se perdem. Comunicam que estão perdidas. E, levam os outros a pensar que a moda é isso. Simplesmente mercado, bens e futilidade de ter.
Mais uma vez por aqui, quero enfatizar a importância da moda como ferramenta na nossa vida. As roupas, as tatuagens, os cabelos, a maquiagem, falam de nós. Expõe-nos para o mundo antes mesmo de dizermos, verbalmente, quem somos e para que estamos aqui nesse mundo. E, a história de dizer que não liga para o que veste, já é um jeito de vestir que diz alguma coisa para as pessoas a sua volta.