Com o aumento dos obesos no Brasil e a resolução publicada pela Anvisa que exige novos critérios para a prescrição de medicamentos voltados ao emagrecimento, incluindo termos de responsabilidade e declarações a serem assinadas por farmacêuticos, o Balão Intragástrico passou a ser a solução mais eficiente, rápida e segura para perda de peso. Pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde ascende à luz vermelha contra a obesidade no Brasil. De acordo com os dados divulgados na primeira quinzena de abril do ano passado, 51% da população local, com idade igual ou superior a 18 anos, encontra-se acima do peso e possui massa corporal igual ou superior a 25, sendo que o indicado, conforme a própria tabela do IMC é no máximo 24,9. Com mais da metade da população nesse cenário, a busca dos brasileiros por métodos que contribuam com a melhoria de qualidade de vida e diminuição de peso tem aumentado. E o método do balão intragástrico é uma das maiores apostas para a diminuição desses obesos.
Para este método, não há necessidade de procedimento cirúrgico como é o caso da cirurgia bariátrica (cirurgia de redução de estomago). Além de ser uma técnica reversível, ou seja, se não houver adaptação do paciente com o produto, pode ser retirado, e a vida do paciente volta ao normal, o que não ocorre com a cirurgia bariátrica. No procedimento, é introduzido um balão vazio no estomago do paciente, via endoscopia. Logo após, é inserido soro fisiológico juntamente com azul de metileno, no interior do balão. A quantidade inserida pode variar entre 400 e 700 ml, dependendo da necessidade do paciente. O corante azul de metileno é utilizado como procedimento de segurança, pois caso exista algum vazamento, o paciente poderá perceber em sua urina, que acaba saindo azul.
Como funciona
O estômago é um órgão secretor de hormônios. O contato do balão com as paredes do estômago estimula o aumento da secreção de alguns hormônios e a diminuição de outros que são diretamente ligados à saciedade. Além do componente hormonal, a distensão gástrica por ação nervosa faz com que a saída do alimento, que se encontram no estômago, seja diminuída, proporcionando a sensação de plenitude abdominal.
O balão intragástrico não é um sistema que por si só irá solucionar o problema da obesidade. Trata-se de uma ferramenta. Esse ponto é destacado pelo médico Sérgio Barrichello, especialista em emagrecimento que atua em São Paulo. Para ele, o paciente deve ter consciência que o balão é uma excelente ferramenta, desde que siga as orientações passadas pela equipe multidisciplinar.
“O balão intragástrico pode ser indicado por diversas especialidades médicas, porém deve ser realizado um trabalho em parceria com nutricionistas, educadores físicos e, se for o caso, psicólogos”. Segundo Barrichello, o reganho de peso pode acontecer após a retirada do balão se o paciente não tiver disciplina e mudar seus hábitos de vida, entretanto, quando o objetivo da reeducação alimentar é alcançado, a maioria dos pacientes mantém o peso desejado após a retirada do Balão e em alguns casos continuam o processo de emagrecimento. O produto é indicado para pacientes com índice de massa corporal (IMC) acima de 27 e maiores de 21 anos.