Pesquisadores conseguem reverter vitiligo

Medicina & Saúde - O tratamento pode ser feito através de despigmentação das partes de pele normal, quando as lesões são pequenas, o tratamento pode ser tópico.

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O vitiligo é uma doença que causa despigmentação da pele – e em alguns casos do cabelo – com formação de manchas bem delimitadas e crescimento centrífugo. A detecção da doença em quem tem histórico de doenças oculares é maior do que a população em geral, sendo que a doença atinge 1% da população e há ocorrência familiar em 30% dos casos. O vitiligo também pode aparecer após queimaduras de sol. 

Normalmente os pacientes procuram o médico pelo incômodo estético, uma vez que não existem sintomas específicos da doença. As manchas costumam aparecer nos punhos, dorso das mãos, axilas, pescoço, genitália, ao redor da boca, olhos, cotovelos, joelhos, virilha e antebraços.

O tratamento pode ser feito através de despigmentação das partes de pele normal, quando as lesões são pequenas, o tratamento pode ser tópico. Alimentação com carotenos e betacarotenos e uso de filtro solar são importantes para proteção.

Uma nova estratégia para combater o vitiligo, testada com sucesso em camundongos, pode ser capaz de impedir a progressão da doença e ainda reverter as manchas brancas já presentes na pele. O vitiligo é uma doença autoimune em que as células do sistema de defesa do organismo atacam os melanócitos, células produtoras de melanina (pigmento que dá cor à pele).

Pesquisadores das Universidades de Massachusetts, nos EUA, e da Colúmbia Britânica, no Canadá, identificaram que tanto humanos quanto camundongos com vitiligo apresentavam quantidades elevadas de uma molécula chamada CXCL10. Os roedores que possuíam baixas quantidades dessa molécula desenvolviam formas amenas da doença, com pouca despigmentação.

A conclusão é que essa molécula funciona como uma espécie de "sensor" para ajudar as células do sistema imunológico a encontrar e destruir os melanócitos. Os cientistas testaram, então, anticorpos capazes de bloquear a molécula CXCL10 em camundongos que já tinham a doença. O tratamento não só freou o desenvolvimento do problema, como fez regredir as manchas brancas já existentes. Os resultados foram publicados na revista científica "Science Translational Medicine", no dia 13 de fevereiro.

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