SUS enfrenta desafios para reabilitar pacientes idosos com implantes dentários

Parte 2 - Por Marcelo Sarra Falsi

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Apesar do aumento do acesso da população mais jovem ao dentista são poucos os idosos que têm acessoApesar do aumento do acesso da população mais jovem ao dentista são poucos os idosos que têm acesso
Apesar do aumento do acesso da população mais jovem ao dentista são poucos os idosos que têm acesso
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Deve-se salientar que a população idosa no Brasil vem aumentando consideravelmente, e que apesar do aumento do acesso da população mais jovem ao dentista são poucos os idosos e mutilados bucais que tem acesso a reabilitações que promovam a saúde do idoso. A Organização Mundial da Saúde (OMS) preconiza um mínimo de 20 dentes para uma mastigação satisfatória de um indivíduo. Será que os brasileiros se encaixam nesse contexto?

Colaboração Público-Privada: Dentre as formas de gerar acessibilidade a essa população a busca de parcerias entre entidades públicas e privadas se faz necessária, pois além de tratar os idosos, delas surgiram conceitos científicos de desenvolvimentos necessários à implementação de tratamentos reabilitadores a grande parte de uma população idosa.

Visando esta lacuna, desde 2011 o Instituto CIOB–SP, um centro de desenvolvimento de pesquisa aplicada, realiza triagens para tratar o público da terceira idade – geralmente, são desdentados totais. O intuito é de reabilita-los com implantes dentários, desenvolvidos para serem mais eficazes e menos doloridos.
Tal projeto foi elaborado com a ajuda da iniciativa privada e o instituto. Através de estudos científicos foram desenvolvidos materiais tecnológicos e métodos que permitiram que esses pacientes de baixa renda fossem reabilitados completamente. A meta do instituto é reduzir custos com qualidade, rapidez e tecnologia. Os estudos são viabilizados através de parceria pontuais do setor privado; e no futuro próximo a intenção é de que essas parcerias sejam mais expressivas, capazes de tornar esse tipo de atendimento a um público real muito maior.

Mente, boca e intestino: dificuldade de digestão dos nutrientes, falta de mastigação, problemas psicológicos, baixa estima, insegurança e dificuldade de convívio social e desemprego eram queixas comuns, antes dos pacientes serem reabilitados de forma eficaz. Esses idosos também procuravam as unidades públicas de saúde e relatavam desconfortos digestivos e problemas intestinais severos – e que foram resolvidos graças a estas reabilitações modernas, eficazes e de baixo custo.
Uma real aproximação do SUS junto a universidades ou institutos de desenvolvimento e pesquisas nacionais poderá ampliar as técnicas e materiais já utilizados e, consequentemente, melhorar significativamente a qualidade dos desdentados totais no Brasil. Iniciativas como estas podem gerar ganhos práticos a uma população que em pleno século XXI continua abandonada, do ponto de vista odontológico.

Marcelo Sarra Falsi é dentista, mestrando e especialista em Implantodontia, professor-coordenador do Curso de Implantodontia do Instituto CIOB, centro de desenvolvimento de pesquisa aplicada: www.ciob.com.br.

 

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