Sabe-se que sexo feminino e masculino tem uma série de diferenças psíquicas e fisiológicas que afetam a maneira de viver de cada, uma delas é na hora de deixar as drogas. Um estudo feito pela ABEAD (Associação Brasileira de Estudo do Álcool e outras Drogas) revela que as mulheres tem maior dificuldade de vencer vícios do que os homens. Conforme especialistas, o tratamento é mais difícil para elas, por conta da condição física e até mesmo pela falta de locais de internação específicos.
Segundo o psiquiatra Sergio Rocha, de São Paulo, a principal característica atual é o aumento significativo do número de mulheres dependentes de múltiplas drogas, principalmente o álcool. Outra situação relevante é que as mulheres tendem a responder pior aos tratamentos. Isso ocorre por que, provavelmente, o apoio que recebem de seus parceiros é bem inferior do que o apoio que os pacientes masculinos recebem de suas esposas: “Ainda há um alto grau de preconceito com a mulher dependente e uma grande co-ocorrências de comorbidades com transtornos mentais, como o transtorno de personalidade borderline e o transtorno depressivo de humor, o que piora muito o prognóstico. O risco de transmissão de doenças sexualmente transmissíveis também é muito grande entre mulheres” completou.