Uma pausa cheia de benefícios

Exercícios prometem benefícios relacionados à compreensão do próprio corpo, integração corpo e mente, e aumento da auto-estima

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Lidar com a rotina nem sempre é fácil. É tanta correria que, muitas vezes, falta tempo para cuidar e prestar atenção no corpo. Mas a gente sabe o quanto ele sofre quando ficamos horas trabalhando sentados ou no trânsito, ou mesmo quando temos que caminhar demais. E nessa hora que entra o Pilates. Se a gente for olhar bem, ao contrário da agitação que é a academia, o Pilates funciona como uma pausa, como um momento que vai além de praticar exercícios e entra no universo do emocional.

O método é antigo. Foi criado no início da década de 1920 por Joseph Hubertus Pilates e envolve condicionamento físico e mental e tem como objetivo melhorar o equilíbrio entre a performance e esforço, através da integração do movimento. Segundo a educadora física, Lucimar Oliveira Cornélio, o Pilates é feito através de cinco princípios: o alinhamento corporal, a respiração, o centro de força, a organização da cintura escapular e o alongamento axial. Para Lucimar, a maior causa da procura pelo método, é a postural. “O foco sempre foi a postura, tanto que muita gente dizia que pilates não faz nada, porque olhavam as pessoas deitadas ou sentadas e achavam que era moleza. Mas não é”, comenta. Mas os benefícios vão muito além, pois trabalha alongamento, respiração, concentração, equilíbrio, agilidade e destreza, tudo de uma forma integrada. “Ele é indicado tanto para quem não tem problema nenhum, como para algumas patologias, como escoliose, hiperlordose, e até mesmo para grávidas. O principal benefício é o fortalecimento e o alongamento da musculatura ao mesmo tempo, porque você faz dois, três trabalhos, em uma aula só”, explica a educadora.

Esteticamente falando, o Pilates também tem muitos benefícios, mas, de acordo com Lucimas, dependem muito da expectativa de cada um. “O objetivo não é ganhar volume, ficar com braços e pernas grandes, mas sim ganhar tônus e massa magra. As mulheres, principalmente, gostam muito porque o corpo fica delineado de uma forma diferente, com curvas e alongado ao mesmo tempo”, garante.

Hoje, o Pilates segue em duas linhas: uma classificada mais como fisioterapêutica e o pilates original. Mas Lucimar garante que os exercícios continuam sendo feitos da mesma forma como foram criados. As aulas têm, em média, de 55 minutos a 1 hora e 15 minutos de duração, dependendo da linha que for fazer, e giram em torno dos mais de 500 exercícios criados, em cinco aparelhos – barril, reformer, unidade de parede, cadillac e cadeira. A educadora afirma que qualquer pessoa, a partir dos 12 anos, pode fazer, mas em alguns casos existem exercícios e movimentos que devem ser evitados. Assim, o ideal é sempre procurar um lugar com pessoas que tenham experiência. “Quem não conhece o método, é convidado a fazer uma aula experimental, bem básica, se gostar, então marca-as uma avaliação em que a gente conhece mais a pessoa, vê o que ela está buscando e o que precisa ser corrigido, a partir daí, as aulas são montadas, conforme a necessidade de cada aluno”, explica.

Um pouco de história

Para Lucimar, a história do Pilates é bem bonita. “Ele nasceu e era um menino raquítico, doente e condenado, ou seja, não iria viver muito tempo. Foi crescendo e nunca se convenceu daquela situação de saúde e, por isso, começou a fazer todo o tipo de atividade física. Com isso, ele conseguiu desenvolver o corpo e se recuperou completamente. Ele ficou conhecido, porque na Segunda Guerra Mundial, se voluntariou como enfermeiro para trabalhar. Na mesma época, teve uma peste, e o único lugar que ela não tinha atingido era o setor onde ele trabalhava e a recuperação dos doentes era bem melhor. Quando resolveram investigar, perceberam que Pilates fazia um trabalho de reabilitação: pegava as camas, que na época eram de ferro, tirava essas molas e começou a adaptar. Quando acabou a Guerra, ele montou o primeiro estúdio e foi aí que ele começou a ficar famoso. Os bailarinos foram os primeiros a procurar atendimento, porque eles têm muitas lesões, em função do excesso de treinamento”, conta. 

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