Vínculo Mãe e Filho: Uma Relação Eterna

Artigo Saúde

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O dia das mães é uma data que suscita inúmeros sentimentos, dentre eles o de amor e carinho que temos pela pessoa que nos deu a vida. Mas quando pensamos nessa pessoa tão especial para cada um nós, temos em mente que na verdade o que ela fez foi muito mais do que nos dar a vida é a pessoa que nos nutre emocionalmente desde os primeiros momentos de vida até nossos últimos passos.

É difícil saber o momento exato que uma mulher, se torna mãe, o que podemos afirmar é que o vínculo mãe-bebê, inicia-se logo nas primeiras semanas de gestação, com a aceitação da gravidez e a preparação para chegada do bebê, sendo que, esta ligação é fundamental para todo o desenvolvimento psicológico desse ser que será inaugurado, assim que nascer.

O contato da mãe com o bebê através da fala, do carinho ainda na gravidez é de suma importância para que a criança se sinta desejada e amada pelos pais. Vale lembrar, que a construção desse vínculo é algo gradativo, por meio do olhar, do toque na pele, das palavras de carinho que são elementos que tranquilizam e acalmam o bebê e que aos poucos passa a ligar a mãe emocionalmente com seu bebê e o bebê a sua mãe. A criança logo que nasce é totalmente dependente dos cuidados maternos, por isso é fundamental que esta relação seja agradável e prazerosa para a díade, caso contrário o desenvolvimento pode tornar-se não saudável e a criança apresentar sintomas denunciando a fragilidade da relação.

Estudiosos do desenvolvimento humano, afirmam que na grande maioria dos bebês humanos, o comportamento de ligação com uma figura preferida desenvolve-se durante os primeiros noves meses de vida. Quanto mais experiência de interação social um bebê tiver com uma determinada pessoa, por exemplo, a mãe, maiores são as possibilidades de que ele se ligue a esta e possa se experimentar com segurança desenvolvendo sua capacidade de se relacionar com autonomia nas futuras relações até a fase adulta.

Para tanto, dizem os estudiosos, que a mãe precisa ser uma “mãe suficientemente boa”, ou seja, não é aquela que gratifica o bebê em tudo, mas aquela que oferece o cuidado necessário para o bem estar do bebê. É aquela que não é excessiva no cuidado, mas também, não negligencia as necessidades do bebê. É a mãe que consegue decodificar as necessidades no momento em que o bebê solicita, por exemplo, se o bebê está com sono, precisa dormir e não brincar para se distrair. Essa tarefa de descobrir o que o bebê solicita é árdua, mas que as mães realizam naturalmente quando estão ligadas afetivamente aos seus bebês.

Deste modo, fica claro a importância do papel da mãe no desenvolvimento psíquico do bebê. Os primeiros anos de vida e as relações que se estabelecem neste período são um marco para a constituição psíquica do bebê e poderá predizer como será quando adulto. E por fim, ser mãe é muito mais do que cuidar e educar, mas sim é reconhecer em seu filho a possibilidade de continuidade, renovação e felicidade. Por isso, neste dia das mães mais importante do que dar presentes materiais, é poder estar conectada afetivamente com seu filho, promovendo um dia de alegria e satisfação por simplesmente estarem juntos, afinal a relação afetiva entre a mãe e filho deve ser eterna.

Amanda Reginatto é egressa da Escola de Psicologia
Denice Bortolin Baseggio é professora da Escola de Psicologia da Imed

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