A ajuda que vem dos animais

O convívio com o animal leva, invariavelmente, a uma interação que é bastante benéfica para o ser humano

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Ter um animal de estimação pode ir muito além do que aparenta. Em diversas situações, um animalzinho em casa pode auxiliar no tratamento da depressão ou mesmo ajudar as crianças, por exemplo, a se relacionarem melhor com as pessoas. O convívio com o animal leva, invariavelmente, a uma interação que é bastante benéfica para o ser humano

Ter um animal de estimação dá trabalho e, na maioria dos casos, despesas. É preciso cuidar da higiene do animal, alimentá-lo, cuidar do seu bem-estar. Mas tudo isso não precisa ser um peso na vida de quem convive com eles. Pelo contrário, pode e deve ser um “trabalho” prazeroso, feito com carinho e dedicação. Para quem mora sozinho, a responsabilidade com o animal de estimação por contribuir para fugir da solidão. Existem casos, inclusive, que os terapeutas recomendam às pessoas que tenham um animal em casa, pois a reponsabilidade com eles e a troca de carinho contribui para a melhora dos sintomas.

Se para os adultos essa companhia faz bem, imagine para as crianças. Poder interagir, brincar e ver que o animal confia nela, são fatores que contribuem para o desenvolvimento e convívio social. “O convívio de uma criança com animal de estimação pode trazer benefícios emocionais e prepará-la para o convívio social. Ter um animal presente na rotina da criança é uma importante ferramenta para os exercícios afetivos. Com um cão, por exemplo: a criança ao brincar desenvolve aspectos psicomotores, aprender a dar limites, a dividir a atenção dos pais, e a ter senso de responsabilidades”, afirma a psicóloga Mariane Mattjie.

Entrevista

Medicina & Saúde – Como os pais devem atribuir responsabilidades com relação às necessidades dos animais (devem ter o compromisso de alimentar, dar banho...)?
Mariane Mattjie – Além de brincar a criança pode e deve ser incluída em outras atividades quando possuem um animal de estimação. Como, por exemplo, alimentar diariamente, acompanhar nas visitas ao veterinário, fazer algumas tarefas que se referem a higiene do animal, auxiliar na organização do espaço reservado para o bichinho e levar aos passeios que o animal requer. Para estipular quais são as responsabilidades de uma criança é importante que seja levada em consideração a sua idade e suas capacidades, assim não se corre o risco de exigir um comprometimento maior do que a criança é capaz de desempenhar.

Medicina & Saúde – Existem casos em que os psicólogos recomendam a adoção de animais de estimação?
Mariane Mattjie – A recomendação de um animal de estimação ocorre em diversos casos, quando a criança demonstra que gostaria de ter oportunidade de brincar mais, quando há pouco convívio com outras crianças, quando a criança é filha única, por exemplo. Também é possível recomendar quando se observa que o bichinho desperta muito interesse na criança e ela tem a vontade de conviver com o animal ou quando há que se incluir na rotina da criança atividades que exijam senso de responsabilidades e limites.

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