Um novo método cirúrgico está ajudando pacientes com paraplegia ou tetraplegia a recuperar movimentos e funções perdidos pelo trauma medular. Feita por laparoscopia e implantação de neuroestimuladores, a técnica aplicada desde 2012 por uma equipe multidisciplinar do Hospital São Paulo, da Unifesp, beneficiou quatro pacientes no processo de reabilitação.
A cirurgia consiste em implantar um neuroestimulador na região abdominal que vai se ligar, por meio de eletrodos, aos nervos femorais, que controlam o músculo quadríceps da coxa; aos nervos ciáticos, que controlam os pés e o quadril, e ao nervo pudendo, responsável pelo controle da urina e das fezes.
Apenas quatro países (Suíça, Áustria, Alemanha e França) têm profissionais habilitados a fazer o procedimento. Até agora, pouco mais de 100 pessoas foram operadas no mundo. Algumas delas, inclusive, voltaram a andar com a ajuda de muletas. O método não está disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O custo das quatro operações, que fica em torno de R$ 300 mil cada, foi pago pelos planos de saúde dos pacientes.