Cerca de 200 mil pessoas morrem por conta do tabaco

Em 2012, foram registrados 23.501 óbitos de câncer de pulmão

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Os fumantes estão expostos a mais de quatro mil substâncias tóxicas, que trazem um fator de risco para aproximadamente 50 doenças, principalmente as respiratórias e cardiovasculares. Quem fuma tem 10 vezes mais chances de adoecer de câncer de pulmão e cinco vezes mais chances de sofrer infarto comparado aos não fumantes. Em contra partida, segundo a pneumologista Cristina Cantarino, Coordenadora do Centro de Tratamento de Tabagismo do Instituto Nacional do Câncer (INCA), em quem para de fumar, o risco de doenças cardiovasculares pode cair pela metade em um ano.

No Brasil, o número de fumantes permanece em queda. Segundo o Vigitel 2013 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), em 2013, a prevalência de fumantes caiu para 11,3%. O dado é três vezes menor que o índice de 1989, quando a pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou 34,8% de fumantes na população. A meta do Ministério da Saúde é chegar a 9% até 2022.

O tabagismo é uma doença epidêmica responsável por cerca de 200 mil mortes por ano no Brasil. Os cânceres de pulmão e laringe são os que mais matam no país. Em 2012, foram registrados 23.501 óbitos de câncer de pulmão e 4.339 de laringe. Para 2014, estima-se o surgimento de 27,3 mil novos casos de câncer de pulmão e 6.870 de laringe.

“Resolvi que a partir de um determinado dia eu não fumaria mais. Ainda passei um tempo sonhando que estava fumando, o que gerava um desejo enorme de voltar atrás, mas conversava comigo mesmo sobre a necessidade de sustentar essa decisão pela minha saúde e por querer viver mais”, conta Hélio Reis, do Pará, que influenciou familiares e amigos a também deixarem o tabagismo.

A pneumologista Cristina Cantarino conta que quem já tentou parar de fumar, mas não concluiu o tratamento, deve aprender com as dificuldades. “Você deve identificar o que impediu seu sucesso no processo de parar de fumar e tentar novamente. Também é comum que as pessoas coloquem todo o crédito no medicamento, mas é importante ressaltar que é a mudança de comportamento que te faz parar também”, explica a pneumologista.

A leitora do Blog da Saúde, Patrícia Rubel, de 34 anos, buscou forças no apoio da família para conseguir parar de fumar definitivamente. “Nos finais de semana, se tinha alguém fumando, eu tremia de vontade e, por algumas vezes, até caía na tentação de fumar novamente, mas logo ficava tonta e sentia nojo do gosto”, lembra.

A recaída não deve ser vista como um fracasso. É importante ter determinação para começar novamente e procurar ficar mais atento ao que o fez voltar a fumar. A maioria dos fumantes fez em média de 3 a 4 tentativas até parar definitivamente. Se não conseguir parar na primeira tentativa, não desista. Dê várias chances a você!

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