A doação de plaquetas possui a mesma importância que a doação de sangue. Porém, a maioria da população ainda desconhece o processo de doação. De acordo como o hemoterapeuta Paulo Tadeu Rodrigues de Almeida, o doador é submetido a uma punção venosa, parecida com a da doação de sangue, em um braço, porém, o procedimento é mais demorado. “Durante a prática, que dura aproximadamente 2 horas, são coletados 10% das plaquetas que circulam no organismo do doador. No entanto, a medula óssea repõe esta quantidade em 24 horas. Assim, o doador pode doar até duas vezes por semana”, esclarece. A doação é destinada principalmente para pacientes com leucemias, tumores e transplantados (em tratamento com quimioterapia). “As plaquetas são elementos sólidos, fragmentos de células maiores que o sangue, responsáveis pela coagulação e estancam o sangramento”, explica o médico.
Para ser doador
Para ser um doador de plaquetas é necessário que a pessoa esteja em boas condições de saúde, ter peso igual ou superior a 50 quilos, ter entre 18 e 60 anos, disponibilidade de horários e não ter ingerido medicações anti-inflamatórias.
Otosclerose: o que é e como tratá-la
Aumentar o volume da televisão, encontrar dificuldade para ouvir conversas ou começar a ouvir zumbidos. Esses podem ser alguns dos primeiros sinais de que têm algo de errado com os seus ouvidos. Dentre as várias causas que podem acarretar a perda auditiva, uma das menos conhecidas é a otosclerose. “Essa é uma causa comum de surdez. A doença é hereditária, isso significa que se alguém na sua família já teve este problema, seus descendentes também estão propensos a tê-lo”, explica a Rita de Cássia Guimarães, otorrinolaringologista e otoneurologista de Curitiba, PR.
A doença faz com que ocorram alterações no estribo, osso localizado dentro do ouvido, ou até mesmo em algumas regiões da cóclea. Sendo mais comum em mulheres do que em homens, assim como mais rara em pessoas de pele negra, a otosclerose normalmente aparece na faixa etária entre 20 e 30 anos, e, quando atinge mulheres, se torna mais séria quando a portadora fica grávida.
“Em 70% dos casos a otosclerose afeta um só ouvido, e, para algumas pessoas, ela pode vir acompanhada de zumbido”, explica Rita. A especialista completa, dizendo que esse mal faz com que a surdez seja progressiva, ou seja, piora com o tempo.
Nos casos em que a doença afeta o estribo, já existe uma solução encontrada pela medicina: uma cirurgia que consiste na retirada do estribo e a implantação de uma prótese. “A operação pode ser feita em pacientes de qualquer idade e o risco de complicação é de menos de 1%. Porém, é preciso a indicação do médico e uma avaliação completa do histórico do paciente, assim como exames complementares”, explica Rita.
Ainda assim, existem pacientes que preferem usar o aparelho auditivo ou casos extremos, onde nem mesmo a cirurgia pode recuperar a audição e os aparelhos auditivos não são efetivos o paciente pode ser candidato ao implante coclear. “A tendência é que você perceba uma pequena alteração da audição, já que uma prótese nunca substituirá um osso. Mas, com treinamento auditivo a chance de recuperar pelo menos uma parte da audição é alta”, conclui.