O médico de família e a Atenção Primária a Saúde aos moradores de rua

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Muitas vezes esquecidos pelas famílias, dificuldades de inserção no mercado de trabalho, falta de condições de uma moradia ou uma vida melhor e envolvimento com drogas são fatores que contribuem para que moradores de rua sejam uma parte quase invisível da sociedade. Para a Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC) a atenção primária deve ser voltada a essa parte da população, assim como serviços voluntários incentivados pelo governo.

O Consultório na Rua (CnaR) é um dispositivo público de orientação e acompanhamento de pessoas em situação de rua numa tentativa de reduzir os efeitos nocivos da esfera social. Desde a década de 90 há registros de iniciativas de projetos e ações de secretarias municipais de saúde voltadas para população em situação de rua em vários municípios brasileiros. A maioria dessas ações são vinculadas á saúde mental e atua redução de danos para menores de idade, usuários de drogas e profissionais do sexo.

Para a médica de família e comunidade Valeska Antunes, “para além das questões que ainda enfrentamos na humanização destes serviços, a emergência não faz cuidado longitudinal, não faz coordenação de cuidado. Um grande problema para pessoas com riscos de adoecimento significativamente maior do que a população em geral. É preciso que não fechemos mais os olhos para estas pessoas que parecem invisíveis”, explica a médica. Pelo censo de 2007 do Ministério do Desenvolvimento Social são pelo menos 31 mil cidadãos brasileiros que teriam apenas os serviços de emergência como recurso para buscar quando tem alguma necessidade de saúde.

 

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