Diagnóstico precoce é essencial no combate às hepatites virais

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Com o tema “Ser Profissional: atitudes que fazem a diferença”, o IX Fórum Nacional de Enfermagem, promovido pelo Grupo de Enfermeiros do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) de Passo Fundo, realizado no início deste mês, trouxe temas diversificados e atuais para os profissionais. Uma das temáticas debatidas foi o Cenário atual das hepatites virais, doença que acomete 3% da população gaúcha. Os médicos Dr. Eduardo Emerin, coordenador do Programa de Hepatites Virais da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre e Dr. Paulo Reichert, gastroenterologista e coordenador da Equipe de Transplante Hepático do HSVP, e o enfermeiro Gilberto Santeti, debateram o assunto e atualizaram os profissionais sobre o tema.

Conforme o gastroenterologista Eduardo, a hepatite é uma doença silenciosa, assintomática e progressiva, sendo que mais de 50% dos pacientes não sabem como adquiriram e a descobrem durante análise laboratorial de rotina, doação de sangue ou através de suas complicações como hemorragia digestiva por varizes, barriga d´água, mau funcionamento do fígado e cirrose. Mais raramente, a doença pode ser diagnosticada a partir da ocorrência de sintomas como cansaço ou sonolência excessiva. Ele destaca ainda, que por ter potencial evolutivo a hepatite aumenta o risco de cirrose em 80 vezes, câncer de fígado em 25 vezes e de transplante hepático em 60 vezes, o que representa sérios riscos à vida. “Apesar de tudo, o cenário atual das hepatites virais é empolgante. Dentro de um ano aumentamos o número de diagnósticos da doença, através de campanhas junto a profissionais e comunidade e em breve, o Ministério da Saúde disponibilizará três novos medicamentos para o tratamento da doença”, observa o especialista, salientando que a busca pelo tratamento com menos efeitos colaterais é um dos benefícios dos novos medicamentos.
Outro assunto abordado no encontro foi a necessidade do transplante hepático, causado pelas complicações da hepatite. Nesse sentido, Dr. Paulo salientou que os números da fila de espera por um transplante e a baixa do número de doadores são uma realidade. Ainda, segundo o cirurgião, o número de pacientes que irão precisar de um transplante irá aumentar, em decorrência de pacientes que ainda não descobriram a doença ou não conseguiram a cura.

Atenção para a prevenção
Um dos melhores tratamento sempre é a prevenção. Por isso, Dr. Eduardo alerta que é preciso se prevenir contra as Hepatites. “Algumas formas de prevenção são o cuidado com materiais para procedimentos estéticos ou de saúde, como por exemplo alicates e materiais para fazer unhas no salão, equipamentos de tatuagens e piercings, não compartilhar seringas e, caso tenha algum sintoma ou suspeita procurar o médico e fazer o diagnóstico precoce da doença”.

 

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