No mês de novembro, o Hospital São Vicente de Paulo (HSVP), através da CESUMEM (Comissão de Estudo, Uso e Padronização de Medicamentos, Equipamentos e Materiais - Farmácia e Terapêutica, do NATS (Núcleo de Avaliação de Tecnologias em Saúde) e Serviço de Farmácia Hospitalar, realizou o lançamento do Guia Farmacoterapêutico 2014-2015.
Na cerimônia de lançamento, o vice diretor médico, Júlio Stobbe , afirmou que a quarta edição do guia traz informações relevantes para a prática cotidiana dos profissionais de saúde. Segundo ele, para a instituição hospitalar é amplo e complexo o trabalho de incluir medicamentos em uma única lista. “Há pressão grande de laboratórios, relevância quanto à eficácia e eficiência do medicamento, aplicabilidade, uso racional. Para nós, é muito importante dizer que o Hospital São Vicente não tem distinção de medicamento para convênio, particular e SUS”, enfatizou Stobbe, salientando que o guia é fruto de um trabalho sério, feito pela CESUMEM.
O atual presidente do CESUMEN/NATS, Cassiano Forcelini, evidenciou que o novo Guia Farmacoterapêutico do HSVP é uma ferramenta para auxiliar aos profissionais envolvidos na prescrição, dispensação, preparação e administração de medicamentos. “Fruto do trabalho da CESUMEM/NATS no decorrer dos últimos anos, o guia traz não somente o rol dos medicamentos disponíveis no HSVP, mas também indicações de uso, formas de apresentação e de administração”.
Seleção de Medicamentos: O Papel da Evidência
Para o lançamento do Guia Farmacoterapêutico 2014-2015, a CESUMEM/NATS convidou a professora Lenita Wannmacher, de Porto Alegre, para apresentar a palestra Seleção de Medicamentos: O Papel da Evidência. A palestrante é professora jubilada de Farmacologia Clínica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Universidade de Passo Fundo (UPF), membro do Comitê de Especialistas em Seleção e Uso de Medicamentos Essenciais da OMS, Genebra, do Comitê de Especialistas para Incorporação de Medicamentos no Fundo Estratégico da OPS, da Comissão Científica em Vigilância Sanitária da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), 2014/2017, entre outros órgãos representativos da área.
Há diferentes objetivos de se fazer uma seleção de medicamentos. Conforme Lenita, a seleção requer um processo, com fases, onde as pessoas envolvidas têm que ser bem escolhidas. “Todas têm que ter em comum a crença de que o foco maior deve ser o terapêutico ou seja, o benefício do paciente”, ressalta a professora. Ela explica que o processo visa o uso racional de medicamentos, entre outros critérios que precisam ser seguidos para resultar numa lista independente. “O foco econômico que se deve ter é no aspecto de selecionar o valor da medicação que seja suportável pelo sistema, mas não o interesse econômico”.