Estudo publicado no Breast Cancer Research demonstrou a importância de não incluir apenas as mulheres com histórico de câncer de mama na família, mas também aquelas que têm mamas densas no grupo de risco. Afinal, esse é considerado um fator de risco significativo que deveria ser acompanhado de perto como forma de prevenção da doença. No Reino Unido, o número de pacientes diagnosticadas com câncer de mama está numa escalada e deve aumentar até 2030 – em parte por causa do aumento da expectativa de vida das pacientes, em parte por causa do sedentarismo, da obesidade, do consumo elevado de álcool e até mesmo pelo fato de as mulheres adiarem a maternidade para depois dos 40 anos Acrescentar informações sobre a densidade mamária resulta em melhor modelo de prevenção. Afinal, mulheres com mamas densas têm até cinco vezes mais chances de desenvolver câncer de mama em relação àquelas com baixa densidade mamária.
De acordo com a radiologista Vivian Schivartche, especialista em diagnóstico da mama em São Paulo, mamas densas – principalmente nos níveis três e quatro – podem dificultar a interpretação das imagens. “Na imagem mamográfica, o tecido denso aparece em branco, enquanto a gordura é caracterizada pelas áreas escuras. Como os tumores também aparecem em branco nessas imagens, é mais difícil diferenciar o que é tecido altamente denso de um tumor. Os avanços da mamografia nos últimos anos, quando passou de um simples exame em filme para um exame digital e, mais recentemente, para um exame em três dimensões (tomossíntese), caminham na direção de aumentar a detecção de tumores cada vez menores. Ao lado disso, a ultrassonografia também auxilia a encontrar alterações no meio do tecido denso”.