Filtro solar sem erro

Confira algumas regras fundamentais na hora de proteger a pele

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O verão já começou e, para aproveitá-lo com saúde, a dermatologista Annia Cordeiro Lourenço, de São Paulo, lembra a importância do filtro solar. “Apesar de a sociedade já saber sobre a necessidade do uso de protetor, ainda assim, são frequentes no consultório os casos de pacientes com manchas de pele, em sua maioria, causadas pela exposição solar sem proteção adequada”, explica. Segundo ela, o filtro até é usado, mas de maneira errada muitas vezes. Por isso, confira algumas regras fundamentais na hora de proteger a pele.

Aplicar e reaplicar. O filtro deve ser utilizado, no mínimo, 15 minutos antes da exposição solar, pois o produto precisa de um tempo para ter aderência adequada na pele. E deve ser reaplicado a cada duas horas e também após banho de mar, suor excessivo ou atrito, mesmo que o protetor diga que não sai na água.

De olho no FPS. FPS significa fator de proteção solar e indica a quantidade de tempo que você pode expor-se ao sol sem queimar se comparado à exposição sem proteção alguma. Um FPS 15, por exemplo, permite que você fique 15 vezes mais tempo no sol sem se queimar. Para exposição solar intensa, na praia, por exemplo, as pessoas de pele mais morena devem usar um protetor de FPS 30 e as de pele mais branca um FPS 60. “A partir desse número – há disponíveis produtos com FPS até 100 –, a escolha deve ser quando há indicação de um especialista, pois geralmente são mais caros e não oferecem benefícios maiores para determinado paciente.”

Muito mais que o FPS. Além de levar em consideração o FPS, é importante escolher produtos que indiquem a proteção contra UVB e UVA. “O UVA é o tipo de raio solar mais prejudicial quando o assunto é tratamento e prevenção de rugas e manchas. É ele também um dos responsáveis pela formação de melanoma (câncer).”

Proteção das crianças. Os bebês com menos de seis meses não podem usar nenhum tipo de protetor solar, pois sua pele ainda absorve facilmente as substâncias. “Portanto, praia não é lugar de bebê pequeno e, ao sair no sol, ele deve estar sempre protegido com chapéus, roupas leves e também peças que contêm proteção solar no tecido.” Entre os seis meses e dois anos, os pais devem optar por protetores infantis, com FPS mínimo de 50 e não podem abrir mão do chapéu e roupas. A partir dos dois anos, a criança pode usar o mesmo protetor dos pais, contanto que seja com um alto fator de proteção.

Fuja do bronzeado. Se a pele ficar mais escura, isso significa que o protetor solar não protegeu efetivamente. Ou seja, se bronzeou, a pele queimou. “Os bronzeadores ou produtos com FPS inferior a 15 são contra-indicados.”

Sem economia. Quanto mais protetor, mais proteção. A camada deve ser grossa e uniforme e nenhuma parte do corpo deve ser esquecida. Muita gente sofre com queimaduras na orelha e dedos do pé, por exemplo.

Proteção para cabelos e lábios. Para proteger os cabelos, existem cremes com proteção solar, mas eles não são muito eficientes. Deve-se preferir o uso de chapéus e bonés, de preferência com tecidos especiais com proteção solar. Para os lábios, há batons com proteção e filtros em bastão. “Lembre-se que, desprotegidos, os lábios podem sofrer no verão tanto quanto no inverno.”

Um produto para o corpo, um produto para o rosto. A pele do rosto, em geral, é mais oleosa que a do corpo, portanto exige mais cuidados para prevenir o aparecimento de cravos. O ideal é optar por um protetor solar oil-free ou em gel.

Guarda-sol de verdade. Infelizmente, o guarda-sol de nylon não protege. É preciso que seja feito de tecido escuro, lona ou ainda de tecidos especiais que já têm proteção contra UVA.

Protetor solar é cuidado diário. “Não saia de casa sem protetor solar, mesmo no inverno ou em dias nublados”. Diariamente, deve ser usado um filtro solar FPS 15. Isso protege a pele, mantendo-a mais jovem, bonita e prevenindo manchas e câncer. Na praia, piscina ou práticas esportivas, o ideal é usar um filtro com FPS a partir de 30.

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