A cirurgia de redução de estômago é o método mais usado no Brasil para tratamento de obesos com IMC (Índice de Massa Corporal) acima de 40, sendo um tratamento mais eficaz para indivíduos com obesidade severa. Entretanto, a obesidade é uma doença crônica, complexa que deve ser tratada e acompanhada por longo prazo.
A perda de peso, que ocorre após a cirurgia, é causada por mecanismos restritivos que reduzem a quantidade de alimento ingerido e por uma série de alterações hormonais e no metabolismo. A perda máxima de peso após a cirurgia bariátrica ocorre após um ou dois anos do procedimento, sendo que um reganho de peso discreto é esperado. Algumas vezes o reganho de peso é exagerado, e pode levar o indivíduo a voltar a engordar.
O reganho de peso após a cirurgia, pode ser explicado por adaptações do estômago e intestino que levam a uma maior quantidade de calorias ingeridas e também pela melhor absorção dos alimentos que ocorre com o tempo.
Indivíduos que apresentavam compulsão alimentar antes da cirurgia podem aumentar o peso, se não corrigirem este padrão alimentar. A falta de atividade física após a cirurgia faz com que ocorra perda de massa muscular, reduzindo o gasto energético, favorecendo o reganho de peso. O abuso de álcool após a cirurgia é também uma causa do insucesso da perda de peso.
Um preparo operatório bem feito, com avaliação de uma equipe multiprofissional que inclui endocrinologista, nutricionista, psicóloga e fisioterapeuta, é importante para modificar hábitos de vida antes da cirurgia, facilitando a aderência do individuo operado a mudanças no comportamento alimentar e manutenção de uma vida mais ativa, que garantirá melhores resultados no pós-operatório de longo prazo.
Cirurgia Bariátrica
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