Por definição do Guia do Estudante, Farmácia “é o estudo da composição e dos processos produtivos de medicamentos, cosméticos e alimentos industrializados. O farmacêutico pesquisa e prepara medicamentos, cosméticos e produtos de higiene pessoal, examina e testa substâncias e princípios ativos que entram em sua composição e observa as reações provocadas no organismo. Registra novas drogas, distribui e comercializa os produtos e verifica se chegam ao consumidor dentro das normas sanitárias. Em laboratórios de análises clínicas, pesquisa, registra e realiza exames clínicolaboratoriais e toxicológicos para auxílio do diagnóstico e acompanhamento de doenças. Em farmácias, distribui medicamentos e prepara fórmulas personalizadas.”
A profissão, cada vez mais presente na vida da população, pode ser desenvolvida tanto em farmácias ou drogarias quanto em ambiente hospitalar. De acordo com Ana Paula de Souza, farmacêutica do Hospital São Vicente de Paulo, “o farmacêutico na farmácia hospitalar desenvolve atividades no controle de estoque, armazenamento, controle de infecção hospitalar, assistência farmacêutica, manipulação da medicação, controle de qualidade, farmácia clínica, dispensação, além da seleção e compra dos medicamentos. A intervenção do farmacêutico na farmácia hospitalar visa garantir a redução dos erros cometidos dentro da unidade hospitalar, tanto na dispensação de medicamentos e insumos médico-hospitalares, como na identificação das interações medicamentosas e alimentares, na orientação dos horários adequados para utilização do fármaco e ainda sobre a substituição destes medicamentos”, explica.
Segundo a profissional, a atuação diária do farmacêutico compreende revisar as prescrições, orientar os profissionais envolvidos no processo de terapia medicamentosa e abranger as diversas fases pelas quais passam os medicamentos, a fim de colaborar de forma decisiva com a equipe multidisciplinar e principalmente com os pacientes, apresentando um atendimento seguro e eficaz. “Independente do tamanho e complexidade da unidade hospitalar, não há dúvidas de que sem medicamentos não há sucesso terapêutico dos pacientes, e onde houver medicamento deve haver o Farmacêutico. Assim, é indispensável ter uma estrutura de farmácia organizada e profissionais Farmacêuticos que garantam não só o fornecimento na quantidade correta, mas também a qualidade e uso adequado e racional dos medicamentos”, salienta.
Medicina & Saúde – Desde quando a profissão é regulamentada?
Ana Paula de Souza – Há milhares de anos os atuais farmacêuticos eram chamados de boticários e desenvolviam suas atividades em boticas (farmácias), onde buscavam através das plantas a cura de doenças. Após muitos anos, o homem chegou à profissão farmacêutica, que teve o seu exercício regulamentada em 1981, através do Decreto nº 85.878. O profissional farmacêutico tem a profissão e função reconhecida no âmbito hospitalar no Brasil, desde 2008 por meio da Resolução nº 492, de 26 de Novembro de 2008 emitida pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF).
