Indicação de uso diário da aspirina segue estudada

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Quando o químico alemão Felix Hoffmann (1868-1946) começou a trabalhar na busca de um novo medicamento para ajudar seu pai, um industrial que sofria de terríveis dores reumáticas, não imaginou que fosse chegar à fórmula final do que viria a ser o remédio mais popular do século, a aspirina. 

Hoffmann, que havia estudado Química na Universidade de Munique, trabalhava nos laboratórios da Bayer desde 1894, e com a ajuda de seu chefe, o professor Heinrich Dreser, chegou, em 10 de outubro de 1897, à fórmula final do medicamento. Criada há 117 anos, a aspirina continua sendo alvo de pesquisas para a cura e a prevenção de diversas doenças, como o câncer, esquizofrenia, infarto, entre outras. Há registros de mais de 55 mil referências de estudos sobre o remédio, a maioria sobre suas propriedades analgésicas e uso para prevenção de doenças cardiovasculares.

Os últimos trabalhados, porém, têm se debruçado mais sobre aspirina e câncer. O medicamento, à base de ácido acetilsalicílico, já foi ligado em pesquisas à prevenção de tumores de mama, próstata, pulmão, ovário, endométrio, bexiga, pâncreas, fígado e, principalmente, de esôfago e colorretal. A proteção pode estar relacionada à ação anti-inflamatória da aspirina. Deve ser lançada neste ano, nos EUA, uma diretriz que informará se a aspirina deve ser usada para profilaxia de câncer colorretal. A Bayer, fabricante do medicamento, está conduzindo um estudo com cerca de 10 mil pacientes para investigar se a aspirina pode, de fato, ser indicada para a prevenção desse tipo de câncer.

Um dos problemas que impede que o uso da aspirina de maneira generalizada seja indicado para a população é seu risco de sangramentos gastrointestinais.

 

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