Dor na mama significa câncer?
MITO. Um grande número de pacientes, ao sentir dor na mama, logo acredita estar relacionada ao câncer, quando, na verdade, o câncer de mama na maioria dos casos é indolor.
Mulheres com histórico familiar da doença possuem mais risco de desenvolver o câncer?
VERDADE. Cerca de 5% a 10% dos casos de câncer de mama apresentam uma mutação genética, que predispõe o aparecimento da doença. As mulheres com histórico familiar possuem risco maior dessas mutações do que a população em geral.
O exame genético auxilia a identificar qual o melhor tratamento para o câncer de mama?
VERDADE. O estudo do perfil genômico da doença permite conhecer melhor o grau de agressividade do tumor, possibilitando uma escolha de tratamento mais apropriada para cada caso. É a chamada’ individualização do tratamento’.
Todo câncer de mama precisa ser tratado com quimioterapia?
MITO. O perfil genômico indica se a mulher com câncer precisa de quimioterapia, a partir de análise do subtipo de tumor. Caso seja de baixo risco, há possibilidade de exclusão do procedimento que, além da queda de cabelo, acarreta efeitos colaterais diversos, que podem até levar a paciente à internação.
O uso de desodorante aerossol pode causar câncer?
MITO. Essa crença se deve à suposição de que certas substâncias químicas presentes no desodorante aerossol estejam relacionadas com aumento de risco para câncer de mama, porém, evidências científicas disponíveis não corroboram a informação.
Todo nódulo pode ser caracterizado como tumor?
VERDADE. Tumor é um termo geral que caracteriza uma nodulação. Existem tumores benignos e tumores malignos. O câncer é um tumor maligno. A maioria dos tumores (ou nódulos) é benigna.
Há um procedimento diferente para as mulheres que têm prótese nos exames preventivos?
VERDADE. A paciente portadora de implantes de silicone realiza uma técnica especial durante a mamografia, denominada manobra de Eklund, para melhor visualização da mama.
Colaboração
Centro Integrado de Terapia Onco-hematológica (Cito)
O câncer de mama
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), este é segundo tipo mais frequente no mundo e mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano. Se diagnosticado e tratado oportunamente, o prognóstico é relativamente bom. No Brasil, as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas, muito provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em estádios avançados. Na população mundial, a sobrevida média após cinco anos é de 61%. Relativamente raro antes dos 35 anos, acima desta faixa etária sua incidência cresce rápida e progressivamente. Estatísticas indicam aumento de sua incidência tanto nos países desenvolvidos quanto nos em desenvolvimento. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nas décadas de 60 e 70 registrou-se um aumento de 10 vezes nas taxas de incidência ajustadas por idade nos Registros de Câncer de Base Populacional de diversos continentes.
O câncer de mama é provavelmente o mais temido pelas mulheres, devido à sua alta frequência e sobretudo pelos seus efeitos psicológicos, que afetam a percepção da sexualidade e a própria imagem pessoal. Ele é relativamente raro antes dos 35 anos de idade, mas acima desta faixa etária sua incidência cresce rápida e progressivamente. Este tipo de câncer representa nos países ocidentais uma das principais causas de morte em mulheres. As estatísticas indicam o aumento de sua frequência tantos nos países desenvolvidos quanto nos países em desenvolvimento. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nas décadas de 60 e 70 registrou-se um aumento de 10 vezes nas taxas de incidência ajustadas por idade nos Registros de Câncer de Base Populacional de diversos continentes.
Sintomas
Os sintomas do câncer de mama palpável são o nódulo ou tumor no seio, acompanhado ou não de dor mamária. Podem surgir alterações na pele que recobre a mama, como abaulamentos ou retrações ou um aspecto semelhante a casca de uma laranja. Podem também surgir nódulos palpáveis na axila.
Fatores de risco
História familiar é um importante fator de risco para o câncer de mama, especialmente se um ou mais parentes de primeiro grau (mãe ou irmã) foram acometidas antes dos 50 anos de idade. Entretanto, o câncer de mama de caráter familiar corresponde a aproximadamente 10% do total de casos de cânceres de mama. A idade constitui um outro importante fator de risco, havendo um aumento rápido da incidência com o aumento da idade. A menarca precoce (idade da primeira menstruação), a menopausa tardia (instalada após os 50 anos de idade), a ocorrência da primeira gravidez após os 30 anos e a nuliparidade (não ter tido filhos), constituem também fatores de risco para o câncer de mama. Ainda é controvertida a associação do uso de contraceptivos orais com o aumento do risco para o câncer de mama, apontando para certos subgrupos de mulheres como as que usaram contraceptivos orais de dosagens elevadas de estrogênio, as que fizeram uso da medicação por longo período e as que usaram anticoncepcional em idade precoce, antes da primeira gravidez. A ingestão regular de álcool, mesmo que em quantidade moderada, é identificada como fator de risco para o câncer de mama, assim como a exposição a radiações ionizantes em idade inferior a 35 anos.
* Estimativa de novos casos: 57.120 (2014 - INCA)
* Número de mortes: 13.345, sendo 120 homens e 13.225 mulheres (2011 - SIM)