Língua presa: conheça os tipos de tratamento

A inexistência de parâmetros comuns para avaliação e diagnóstico dessa alteração acaba gerando discordâncias entre especialistas, o que deixa os pais ainda mais confusos.

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A anquiloglossia, popularmente conhecida como “língua presa”, costuma provocar muitas dúvidas nos pais que percebem, logo nos primeiros dias de vida, que o bebê apresenta o problema. A inexistência de parâmetros comuns para avaliação e diagnóstico dessa alteração acaba gerando discordâncias entre especialistas, o que deixa os pais ainda mais confusos.

O otorrinolaringologista do Hospital CEMA, Rogério Fernando Bencini, explica que a língua presa deve ser diagnosticada logo após o nascimento, durante o exame realizado pelo pediatra. Através de uma análise clínica completa da cavidade oral, além da anquiloglossia, outras alterações bucais como cistos, tumores e fissuras, que também geram consequências ao crescimento e desenvolvimento da criança, devem ser pesquisadas. Muitas dessas alterações acabam sendo encaminhadas ao médico otorrinolaringologista para maior esclarecimento dos pais sobre o problema, formas de tratamento e acompanhamento.

Quando acontece
A “língua presa” acontece quando a pequena membrana que fica abaixo da língua, mais conhecida como freio, é menor do que a normal ou inexistente, causando limitação de movimento e gerando consequências à fala, alimentação e ao desenvolvimento correto da dentição. De acordo com o especialista, através da análise genética e familiar, sugere-se uma alteração de origem congênita na formação desse ligamento responsável pela mobilidade da língua, possuindo uma tendência familiar maior em parentes de primeiro grau. Contudo, os estudos sobre essa patologia realizados até o momento são ainda pouco consistentes e não esclarecem exatamente o mecanismo da alteração genética na fase de desenvolvimento do ligamento lingual.

“Quando a presença do freio limita os movimentos da língua, as condutas são diversas e dependentes do profissional que avalia”, explica o médico. “Para alguns, apenas a cirurgia é indicada, enquanto para outros são propostos exercícios, ou ainda aguardar o crescimento e postergando a decisão de qualquer procedimento. A fonoterapia também exerce um papel importante neste contexto, principalmente na reeducação funcional para evolução favorável da fala”, esclarece o especialista.

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