Para comer sem culpa

Consumido com moderação, o chocolate pode ser considerado um alimento nutritivo

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Final de semana de Páscoa. Hora de ganhar muitos doces e chocolates. A época mais doce do ano começa neste domingo. Mas... é preciso ter cuidado com o exagero no consumo desse alimento que, apesar de saboroso, tem vários componentes adicionados nas formas tradicionais, tais como açúcares e gorduras.

Chocolate, chocolate e mais chocolate... assim é feita a Páscoa. Muito sabor, mas muitas calorias. Entretanto, diferente do que muitas pessoas pensam, o chocolate é um alimento nutritivo e contém várias substâncias necessárias ao organismo. O problema está na quantia consumida e nos produtos que são adicionados nas formas mais tradicionais apresentadas nos supermercados. A maioria dos chocolates contém adição de leite, açúcar e gordura, por isso a necessidade do cuidado para evitar o exagero.
De outro lado, se consumido da maneira certa e na quantidade indicada, ele é um alimento muito bem-vindo. Além disso, atualmente é possível encontrar barras com alto índice de cacau e também o produto em pó, com pouquíssima adição de açúcar. Para ajudar a escolher o tipo certo e comer sem culpa, o Medicina & Saúde buscou ajuda de uma nutricionista. Confira.

Entrevista

Medicina & Saúde - Chocolate é um alimento saudável?
Cláudia Pimentel - Sim, o chocolate é um alimento saudável, rico em vários minerais. Dentre eles, o magnésio e por isso a fama do chocolate em trazer bem-estar, sentimento de alegria. É tudo em função dos minerais que ele tem na sua composição. É rico também em vitaminas do complexo B, em vários antioxidantes, que auxiliam na prevenção de doenças cardiovasculares, substâncias fitoquímicas.

Medicina & Saúde - Quanto menos adição de leite e açúcar, melhor?
Cláudia Pimentel - Exatamente. O que nos mostra a qualidade, um tipo melhor de chocolate é a quantidade de cacau, porque o que contém essas substâncias benéficas é o cacau. Então, o quanto mais quantidade de cacau ele tiver na sua composição, será um alimento mais saudável. Por exemplo: o chocolate ao leite que encontramos nos supermercados, a quantidade de cacau é reduzida, pois adicionam muita quantidade de açúcar. Também os ovos de Páscoa: na maioria deles têm muito açúcar. O melhor chocolate, então, é o mais amargo, em torno de 50% a 70% de cacau.

Medicina & Saúde - O cacau em pó pode ser considerado “melhor” que o chocolate em pó?
Cláudia Pimentel - Não é que ele seja melhor. Também é preciso ver a quantidade de açúcar que é acrescentada. Existem alguns que têm muito pouca quantidade de açúcar, então vai ser também um produto melhor para o consumo.

Medicina & Saúde - Existe uma quantidade ideal ou limite para ser consumida?
Cláudia Pimentel - É aí que tem que se cuidar o exagero. O chocolate tem todas essas qualidades, mas é um alimento muito calórico. Isso precisa ser observado e, claro que quanto mais açúcar tiver na sua composição, mais calórico ele vai ser. Outro fator também é que se acrescenta muita gordura. Nos ovos, por exemplo, os mais vendidos para as crianças têm muita quantidade de manteiga, margarina, que são gorduras que acrescentam na fabricação desse chocolate. Então é importante cuidar o consumo, principalmente entre as crianças, que ganham uma grande quantidade na Páscoa e acabam consumindo muita quantidade num período muito curto de tempo. O bom é consumir uma quantidade de até 100g por dia.

Medicina & Saúde - A partir de que idade as crianças podem começar a comer chocolate?
Cláudia Pimentel - É preciso um cuidado muito grande porque existem crianças que têm um maior risco de ter alergias. Normalmente, partir dos dois anos já pode consumir, mas quantidades bem pequenas, sem exagero.

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