No Brasil, estima-se que cerca de 30% da população sofra com a rinite alérgica. Na América Latina, 67% da população têm a doença, que se tornou uma preocupação mundial e um problema de saúde pública. A WAO –World Allergy Organization – estima o custo mundial da rinite alérgica em US$ 20 bilhões ao ano.
“As consequências dessas doenças afetam o paciente de maneira global, a começar pela baixa qualidade de vida. Indisposição para tarefas banais, os relacionamentos interpessoais, seja na família ou no trabalho, redução da capacidade de exercícios físicos, queda da autoestima e impacto emocional em razão da dependência do uso de medicamentos são as reações imediatas e identificadas nesses pacientes”, comenta o presidente da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), José Carlos Perini.
A rinite alérgica é uma doença inflamatória das mucosas do nariz de caráter genético (hereditário). Entretanto, mesmo que nenhum dos pais apresente o distúrbio, a criança poderá ter uma rinite alérgica. “A pessoa não nasce doente, mas sim com uma tendência alérgica, ou seja, possui um sistema imune que desenvolve uma resposta exagerada quando entra em contato com determinadas substâncias”, explica Fátima Emerson, coordenadora da Comissão de Assuntos Comunitários da ASBAI.
Segundo a especialista, os casos de rinite aumentaram muito nos últimos anos, em função de vários fatores, como os altos índices de poluição, modificação das residências, do estilo de vida, menor tempo de permanência ao ar livre, entre outros fatores. “Até o aumento da violência urbana contribui, pois o medo faz com que as crianças fiquem mais tempo dentro de casa, aumentando o convívio com os ácaros e outros fatores causadores do problema”, disse a médica.