Campanha busca incorporação de novos medicamentos

Aproximadamente 57 mil mulheres serão diagnosticadas com câncer de mama em 2015, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Acrescenta-se a esse quadro o fato de que o tumor pode ser diagnosticado já em estágio avançado, o que acontece com mais de 50% das pacientes atendidas pelo Sistema ?snico de Saúde

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Uma campanha está mobilizando médicos, ONGs e indústria com o objetivo de aumentar o acesso dos pacientes com câncer de mama metastático a novos medicamentos. Intitulada de Por Mais Tempo, a iniciativa é inédita e discute a doença e a importância do acesso aos tratamentos mais adequados. Conforme os dados apresentados na campanha, aproximadamente 57 mil mulheres serão diagnosticadas com câncer de mama em 2015, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Acrescenta-se a esse quadro o fato de que o tumor pode ser diagnosticado já em estágio avançado, o que acontece com mais de 50% das pacientes atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Ainda segundo o texto introdutório da petição elaborada pela campanha, estima-se que 30% das pacientes diagnosticadas vão evoluir para o estágio metastático, quando o tumor se espalha pelo corpo.2. Pela gravidade e urgência do problema, é fundamental que as pacientes, uma vez diante de uma doença metastática, recebam os tratamentos mais adequados para seu tipo de tumor. Mas isso não ocorre.

Em muitos casos, os tratamentos oferecidos pelo SUS contemplam apenas a quimioterapia, sem levar em conta a especificidade do tumor de cada paciente. A medicina avançou, e hoje existem terapias personalizadas que atacam diretamente o mecanismo de sobrevivência da célula tumoral, tendo como resultado maior sobrevida da paciente e menos efeitos colaterais, diz o documento. A falta de tratamento, entre outros motivos, tem fomentado o aumento nos óbitos por câncer de mama. Entre 1990 e 2010, as mortes por essa doença cresceram 17% entre as brasileiras de 30 a 69 anos. O câncer de mama é a principal causa de morte por câncer na população feminina brasileira, e o estágio metastático corresponde a 90% dos óbitos. É necessário, segundo a campanha, que todas as alternativas medicamentosas adequadas estejam disponíveis no SUS, para que os médicos possam prescrever o tratamento mais adequado para suas pacientes.

Diagnóstico do câncer de mama
O diagnóstico de câncer de mama somente pode ser estabelecido mediante uma biópsia de área suspeita que seja analisada por um patologista e laudada como sendo um câncer.A realização desta biópsia, no entanto, somente ocorre em face de alguma alteração suspeita, seja no exame físico, seja na mamografia.
Quando a paciente ou o médico encontram alterações ao exame físico, são solicitados exames adicionais como mamografia, ou ultrassom das mamas.
Além disso, mulheres sem alterações ao exame clínico das mamas podem ter alterações detectadas na mamografia de rotina, que deve ser realizada em todas as mulheres a partir dos 40 anos de idade.

O rastreamento assim como a investigação diagnóstica de um nódulo palpável é feita com base na mamografia. Não há idade limite para a realização de mamografia de rastreamento, sendo que o bom senso dita que quando uma mulher tiver uma expectativa de vida curta, não faz mais sentido rastrear o câncer de mama.
No entanto, para uma mulher na qual seja palpável um nódulo, não existe limite de idade para a mamografia de investigação. O ultrassom das mamas pode servir como complemento à mamografia, pois ajuda a diferenciar cistos de nódulos.

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