Cerca de 800 mil procedimentos são realizados por ano no Brasil. Considerando que o tratamento reabilitador com implantes dentários é um procedimento pré-protético, é fundamental que o cirurgião-dentista, solicite exames complementares aos seus pacientes (Raio x, tomografias, modelos de estudo, entre outros), objetivando assim realizar o planejamento reverso, ou seja, vislumbrar o resultado final do tratamento, antes mesmo de iniciar sua execução
O tratamento odontológico com implantes dentários tem se tornado cada vez mais frequente na clínica odontológica. Segundo o Conselho Federal de Odontologia (CFO), cerca de 800 mil procedimentos são realizados por ano no Brasil. Por muitos anos a função mastigatória foi o fator principal para este tipo de tratamento, porém a globalização e a velocidade de informações, tornou nossa sociedade mais competitiva e a aparência física fez-se fundamental para a evolução pessoal no mercado de trabalho, tornando a beleza uma preocupação na sociedade moderna.
Segundo o professor da Escola de Odontologia da Imed, Leandro Cericato, “para que o tratamento com implantes dentários obtenha sucesso, além da qualidade do material e da técnica cirúrgica empregada pelo profissional, é preciso que o paciente apresente algumas condições biológicas mínimas, como a quantidade e qualidade óssea para a instalação dos implantes, bem como o biótipo gengival e linha do sorriso favoráveis, fatores estes que são determinantes para promover uma estética de excelência”.
Considerando que o tratamento reabilitador com implantes dentários é um procedimento pré-protético, é fundamental que o cirurgião-dentista, solicite exames complementares aos seus pacientes (Raio x, tomografias, modelos de estudo, entre outros), objetivando assim realizar o planejamento reverso, ou seja, vislumbrar o resultado final do tratamento, antes mesmo de iniciar sua execução.
O docente explica que reabilitar a região anterior da maxila, pode-se dizer que é um dos procedimentos mais difíceis de execução, “nesta área a reabsorção óssea provocada pela perda dos dentes poderá vir a comprometer diretamente o resultado estético final. Para minimizar esta situação, um cuidadoso plano de tratamento envolvendo enxerto ósseo e manejo do tecido gengival, deverá ser empregado pelo cirurgião-dentista, afim de favorecer e respeitar os princípios biomecânicos e estéticos necessários para a longevidade do trabalho”.
Outro fator muito importante do tratamento com implantes dentários envolve cooperação direta do paciente a fim de manter uma higiene oral satisfatória, visto que, as patologias peri-implantares ocorrem devido à formação da placa bacteriana na cavidade oral.
É de fundamental importância que os resultados obtidos no tratamento, satisfaçam os anseios do paciente, melhorando aspectos psicológicos e comportamentais, permitindo a reabilitação estética e funcional (mastigação), devolvendo a qualidade de vida social ao indivíduo.
Cresce o número de implantes dentários no Brasil
O uso de implantes dentários vem se tornando comum entre os brasileiros, e a busca não se dá apenas por uma questão estética, mas por todo o desconforto pelo qual os pacientes não estão mais dispostos a passar, gerado pela falta dos dentes. No Brasil, cerca de 800 mil implantes e 2,4 milhões de componentes de próteses dentárias são colocados por ano no país, segundo levantamento da Associação Brasileira da Indústria Médica, Odontológica e Hospitalar (Abimo). E 90% deste mercado é atendido pela própria indústria nacional, que vem crescendo, investindo em tecnologia e já exporta para diversos países, ainda de acordo com a associação.
O bom desempenho da indústria brasileira coloca no mercado produtos de qualidade e de custo reduzido, tornando o tratamento acessível. O aumento na demanda pela reabilitação oral com implantes também se dá pelo crescimento de especialistas habilitados para realizar tal procedimento. Entre 2004 e 2008, o número de novos implantodontistas por ano cresceu cerca de 260%. No início deste período, 287 novos especialistas foram registrados. Já no ano passado o número pulou para 748, de acordo com dados do Conselho Federal de Odontologia (CFO).