Primavera na decoração

Especialista incentiva que os lares recebam os encantos da estação por meio de arranjos de flores e plantas

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Começou mais uma primavera, e com ela vem a vontade de ver tudo florido e colorido. A cidade naturalmente vai florescendo e desperta nas pessoas a vontade de levar um pouco desse frescor para suas casas. Parte dessa sensação vem cultivada pela falta de apreciação do verde, e da vida que ele representa, no cotidiano, parte pela beleza e estética que esse conjunto traz.

Para a designer e arquiteta Katalin Stammer, o resultado desse desejo pode ser uma surpresa ótima. “Quando compramos um flor ou uma folhagem não temos ideia do que pode significar compartilhar com ela os momentos da casa. Apesar de muitas pessoas acharem um desafio conseguirem manter os vasos vivos e bonitos, em algum momento ela encontrará uma espécie que consiga conciliar com seu ritmo”, diz.

Assim como a composição de cores dos objetos no ambiente, os tons das folhas e cores das flores influencia no efeito geral da composição. É uma solução simples para alterar a cara da sua casa e renovar as energias. “Algumas dicas para usufruir da sua composição é tentar trazer para casa plantas e flores que não sofram no ambiente. Respeitá-la como um ser vivo é muito importante para que ela dê um retorno esperado. Preste atenção se o ambiente é quente e iluminado ou escuro e úmido, por exemplo”, comenta Katalin. Para saber do que a planta gosta, uma dica seria uma rápida pesquisa em sites de busca. “Uma bromélia por exemplo adora um ambiente mais úmido como as florestas tropicais. Dependendo da orquídea um local ensolarado e quente cai muito bem”, completa. Há, também, a opção por ramalhetes de flores que duram aproximadamente uma semana, mas que não dispensam a troca de água para que elas se sintam em casa.

Cuidar de plantas é um exercício físico e mental

A terapia de jardim traz a natureza para sua casa, alivia o estresse e estimula o humor

O estresse e a ansiedade são os problemas que mais afetam as pessoas neste século. A irritação com tudo, a cabeça cheia e saturada de problemas faz com que a qualidade de vida caia. Porém, uma das maneiras de se tratar disso que estão sendo utilizadas é a terapia de jardim, também conhecida como hortoterapia.

Para muitos profissionais da saúde, possuir e tomar conta de um jardim pode fazer muito bem para saúde. O exercício de cuidar de plantas, regando-as e adequando a terra para suas necessidades pode ajudar na diminuição do estresse, além de prevenir depressão.

Cuidar de plantas é uma grande solução médica para quem sofre, por exemplo, com a falta de sono ou transtornos. “Estudos feitos compararam a diferença na melhora no humor ao ficar lendo um livro por 30 minutos ou cuidar de um jardim. O resultado foi que as pessoas que mexem com terra ficam mais felizes e calmas”, revela a bióloga, especialista em paisagismo e educação ambiental Lilian Ribeiro.

Para ela, entretanto, a terapia de jardim deve ser feita com seriedade e com alguns cuidados, pois só assim terá resultado. “O contato da mão com a terra é um ponto muito interessante. O ideal é você não usar luvas porque existe, no solo, uma bactéria que produz a serotonina, o hormônio do humor. Então o contato ativa essas bactérias no nosso organismo, que nos deixa mais bem humorados”, afirma.

Estimulando a criatividade

Para quem não tem muito espaço em casa, os mini jardins e terrários se tornaram aliados para aproveitar as vantagens que os vegetais podem proporcionar. A diferença do mini jardim para o terrário é que o terrário é um bioma construído em um vidro transparente, que ao receber a luz solar, indispensável para o processo de fotossíntese, faz dele um ecossistema autossuficiente em ar, água e nutrientes. Os mini jardins são construídos geralmente em material opaco, como por exemplo uma bacia de cerâmica, uma xícara de porcelana, um mini regador, etc. O inglês, David Latimer, por exemplo, construiu seu próprio bioma em 1960, ficou doze anos sem precisar abrir para regar as plantas. E esse terrário dura até hoje”, revela Lilian.

A fundadora do Lili Terrários e Mini Jardins, em Curitiba-PR conta que é uma maneira de trazer a natureza para dentro de casa, que não exige tanto trabalho, mas que continua sendo uma ‘atividade física e intelectual’. “Cuidar de plantas também é um exercício físico, muito mais leve do que outras opções que você tem hoje e você também exercita a mente porque vai criando ideias. Você pode montar seu próprio ecossistema em casa e usá-lo como objeto de decoração, dando uma sensação de paz e tranquilidade ao ambiente”, conclui.

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