Classificada como um dos modelos mais saudáveis de alimentação, a dieta mediterrânea teve ação comprovada para a redução de incidência de câncer de mama, segundo um estudo da Universidade de Navarra, na Espanha, que avaliou 4.282 mulheres entre 60 e 80 anos. Durante a avaliação, que durou seis anos, as mulheres foram divididas em três grupos: o primeiro fez a dieta mediterrânea suplementada com azeite de oliva extravirgem, o segundo fez a dieta mediterrânea suplementada com oleaginosas e o terceiro recebeu uma dieta com recomendação para reduzir o consumo de gorduras.
A pesquisa, intitulada Predimed (Prevención com Dieta Mediterránea), foi publicada no mês passado na revista científica da área médica Jama. A redução da incidência de câncer de mama foi de 62% no primeiro grupo. Entre todas as participantes, foram diagnosticados 35 casos da doença no período.
Esse foi o primeiro estudo desenhado com tamanho adequado e que conseguiu quantificar o benefício da dieta mediterrânea. Isso comprova também a parte tradicional e recomendada de não fumar, ter baixo peso e boa alimentação. Um dos grandes destaques da pesquisa foi o azeite. O estudo mostrou que a dieta exclusiva não trouxe um impacto tão grande quanto o da associada ao azeite de oliva. Ele é o protetor das mutações, ajuda na correção e na prevenção primária de tumores e tem efeito antioxidante. A partir da pesquisa, é possível que especialistas passem a recomendar o tipo de dieta para ajudar a prevenir novos casos.