Estima-se que atualmente a Fibrilação Atrial já atinja mais de 1 milhão de brasileiros. A doença é fator de risco para o aumento de óbitos por problemas cardiovasculares. “Nos últimos anos, o avanço das técnicas de tratamento cardiovascular têm proporcionado maiores índices de sobrevida a pacientes que apresentam doenças cardíacas graves. Desse modo, a proporção de pessoas na terceira idade que apresentam tais condições têm aumentado, exigindo tratamento cada vez mais especializado”, explica Frederico Scuotto, especialista do Núcleo de Cardiologia do Hospital Samaritano de São Paulo.Caracterizada por ritmo irregular e acelerado dos átrios do coração, a fibrilação atrial, “é associada ao avanço da idade acometendo, preferencialmente, pacientes idosos com problemas cardíacos”, destaca o especialista. E completa que “proporção considerável das pessoas que sofrem desta doença não apresentam qualquer sintoma”.
Como alerta, Scuotto explica que o atendimento inadequado pode levar a consequências importantes como eventos tromboembólicos, insuficiência cardíaca, e até demência, que são até cinco vezes mais frequentes nestes indivíduos do que naqueles que não apresentam fibrilação atrial. Alguns fatores como hipertensão arterial, diabetes, presença prévia de insuficiência cardíaca, idade maior do que 65 anos, aterosclerose nas artérias do coração, obesidade, insuficiência renal crônica, doença nas válvulas do coração, doença pulmonar obstrutiva crônica, apnéia do sono, uso diário de importante quantidade de álcool, dentre outros, aumentam o risco de ocorrência desta arritmia.