O ano foi difícil, como sempre acontece. Não é o melhor momento da civilização. O aumento da população, as exigências que a própria evolução tecnológica criou e a densidade demográfica das grandes cidades transformaram a condição humana em muita dor, estresse e ansiedade, que vieram tomar o lugar do prazer de viver.
O fim de ano é o momento de o ser humano refletir sobre seus gestos, sobre a vida que está levando, para que possa, cada um a sua maneira, melhorá-la em 2016. Deve-se combater as principais causas que são cofatores de doenças, como obesidade e sedentarismo, mas o que realmente faz a diferença é tentar enxergar os erros e ser uma pessoa melhor. Ser humano, conceitualmente, significa uma pessoa que cuida dos outros. Isso tem tudo a ver com a nossa mensagem: cuidar, perdoar as pessoas que nos rodeiam e a nós mesmos dos nossos próprios erros são atitudes sábias. Em relação ao corpo, nada mais inteligente que manter uma atividade física, praticar exercícios e esportes, todos os dias. Aos idosos, deixo a mensagem de que devemos trabalhar até o último segundo da nossa vida. Gostaria de estimulá-los a continuar trabalhando, passando sua experiência aos mais jovens, usando a sabedoria de toda uma existência pra melhorar a vida de suas famílias e das pessoas que os rodeiam. Os idosos que deixam de ser úteis acabam adoecendo e indo ao óbito precocemente.Especificamente no final do ano, as pessoas que tiverem a oportunidade de descansar devem usar este tempo pra se recondicionar, refletir, pensar sobre a vida e tentar melhorar as coisas que fizeram de errado no ano que está para terminar.
Beny Schmidt é chefe e fundador do Laboratório de Patologia Neuromuscular e professor adjunto de Patologia Cirúrgica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)