O Food and Drug Administration (FDA) nos Estados Unidos está propondo novas regras destinadas a proteger as pessoas contra os malefícios do bronzeamento artificial. Se aprovada, a proposta vai restringir o uso de camas de bronzeamento artificial para adultos de 18 anos ou mais. Também vai passar a exigir dos adultos que usam os produtos a assinatura de um formulário reconhecendo que compreendem os riscos para a sua saúde.
O bronzeamento artificial, assim como bronzeamento natural (pela luz solar), expõe a pele aos raios ultravioleta (UV), que são a causa da maioria dos cânceres de pele. E esse tipo de bronzeamento é particularmente perigoso para os jovens. De acordo com os Centros para Controle e Prevenção de Doenças (CDC), as pessoas que começam bronzeamento artificial durante a adolescência ou início da idade adulta têm um maior risco de melanoma, um dos tipos mais mortais de câncer de pele.
"A ação de hoje destina-se a ajudar a proteger os jovens de uma causa conhecida e evitável de câncer de pele e de outros danos dermatológicos", declarou o comissário do FDA Stephen Ostroff em um comunicado. "Os indivíduos com menos de 18 anos estão em maior risco das consequências nefastas para a saúde do bronzeamento artificial."
A FDA também está propondo vários novos requisitos de segurança para os fabricantes de lâmpadas de bronzeamento artificial, como incluir advertências mais fáceis de ler e mais proeminentes nas camas de bronzeamento, exigir a colocação de um botão de emergência para desligar, ou "botão de pânico" e proibir a instalação de lâmpadas mais fortes sem certificação do dispositivo com o FDA
O uso de camas de bronzeamento artificial é proibida no Brasil desde 2009 por uma resolução da Anvisa, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
O motivo da proibição foi um estudo da Agência Internacional para Pesquisa sobre Câncer, ligada à Organização Mundial da Saúde. Segundo o estudo, o bronzeamento artificial aumenta em até 75% o risco de desenvolvimento de melanoma.
*Rodrigo Ughini Villarroel