Pesquisa revela que brasileiros ignoram riscos da perda auditiva

Mais da metade dos entrevistados não busca conhecimento sobre a saúde auditiva

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Cerca de 800 milhões de pessoas no mundo sofrem de perda auditiva. Estima-se que este número alcançará 1,1 bilhão até o final de 2015 – aproximadamente 16% da população mundial, segundo a Organização Mundial da Saúde. No entanto, mesmo com grande incidência, o problema é desconhecido por grande parte da população, que ignora causas, sintomas e até mesmo maneiras de prevenção. É o que revela pesquisa encomendada pela MED-EL, empresa austríaca líder mundial no mercado de soluções auditivas, realizada em cinco capitais brasileiras (Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Rio de Janeiro e São Paulo).
A pesquisa mostrou que a população, em geral, não tem consciência sobre a perda auditiva e suas consequências. O estudo apontou que vários aspectos referentes ao problema são pouco identificados ou reconhecidos, principalmente por falta de conhecimento e informação. Os dados apontam que a conscientização é maior entre pessoas com mais idade, que normalmente já sofrem com o problema, não tendo tempo para adoção de medidas preventivas.
Mais da metade dos entrevistados não busca conhecimento sobre a saúde auditiva (57%). Dos que têm interesse nesse tipo de informação, 36% se "auto" informa na internet, via ferramentas como o Google. A informação sobre saúde auditiva acessível na internet, muitas vezes, é incompleta ou até mesmo incorreta. “Muitos conteúdos médicos disponibilizados na web são vazios e inconsistentes. A recomendação é sempre buscar um profissional qualificado, seja para prevenção ou quando houver alguma anormalidade”, aponta Marilia Botelho, fonoaudióloga especialista em Audiologia da MED-EL no Brasil.
Além disso, 64% dos entrevistados não sabe como prevenir a doença. Mesmo entre aqueles que afirmam conhecer os caminhos para a prevenção, notou-se que ainda existe um grau elevado de desinformação. Para 59% deles, prevenir é apenas uma questão de evitar a exposição ao barulho e, para 47%, a adoção de protetores auriculares é a melhor opção. Apenas 22% consideram os exames auditivos como medida preventiva fundamental, demostrando, mais uma vez, que a figura do médico é negligenciada pela população.

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