O câncer tem cura?

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O que chamamos de câncer é, na verdade, um conjunto de mais de cem doenças!  Não só os tumores originados nos diversos órgãos apresentam características próprias, como aqueles oriundos de um mesmo tecido evoluem de forma variável em cada indivíduo.
Como toda doença, há casos que têm cura e outros que não. A probabilidade de cura depende muito do tipo de câncer e do seu estágio no diagnóstico.

Alguns tumores malignos como os de pele, linfomas de Hodgkin e seminomas de testículo, têm alto índice de cura mesmo em fases avançadas. Outros, como câncer do pulmão, do estômago, e do pâncreas, costumam ter resultados ruins na maior parte das vezes, mesmo quando detectados em estágios mais iniciais. Isto porque são tumores que se espalham rapidamente pelo sangue, para outros lugares do corpo ou insistem em voltar, apesar dos tratamentos disponíveis.

A maior parte dos tumores malignos tem alto índice de cura, com poucas complicações, se o diagnóstico é feito precocemente, em fases iniciais. Ao contrário, quando o diagnóstico é tardio, teremos baixos índices de cura e usualmente mais complicações. É importante lembrar que mesmo pacientes que não têm cura podem viver por muitos anos e com excelente qualidade de vida com os tratamentos atuais. Estamos tentando transformar o câncer em uma doença crônica, controlável. Nos países desenvolvidos, cerca de 50% dos casos são curados. Infelizmente, no Brasil estima-se que este número seja menor, principalmente pelo fato de que os diagnósticos são feitos mais tardiamente.
Prevenção e diagnóstico precoce são essenciais. Devemos lembrar que essa é uma doença passível de prevenção: perto de 40% dos casos são provocados por cigarro. Vida sedentária, consumo exagerado de álcool, dietas pobres em vegetais e ricas em alimentos altamente calóricos que levam à obesidade são responsáveis por mais 30% (só para citar as causas evitáveis mais importantes).

*Luis Alberto Schlittler

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