Qual a vantagem de fazer uma plástica no verão?

O verão é uma estação em que a grande maioria das pessoas tira férias. Assim, viagens para o litoral ou aproveitar uma piscina para refrescar é marca registrada dos brasileiros. Porém, não é todo mundo que se sente confortável ao mostrar seu corpo. Em muitos casos, as dietas alimentares ao lado da prática de exercícios físicos podem não eliminar todas as gorduras, o que acaba afetando a autoestima da pessoa.
A lipoaspiração se torna uma ótima solução para quem deseja ficar satisfeito com a própria imagem. Para o cirurgião Alderson Luiz Pacheco, essas cirurgias que afinam a cintura e tiram gordura da barriga devem ser escolhidas com cautela, já que o objetivo e o tempo de recuperação devem ser levados em conta. “Cada pessoa deve procurar se informar com seu médico qual é o seu procedimento ideal, para que suas necessidades e objetivos sejam atendidos. Essa orientação é essencial no processo para que os resultados positivos possam surgir”, pontua.
Mas o verão é a melhor época do ano para realizar uma plástica? Alderson, que também é membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), conta que, antigamente, os pacientes operavam apenas no inverno porque não corriam riscos de tomar sol nas cicatrizes. “Existem cirurgias, por exemplo, que precisam da utilização de cintas no pós-operatório. É mais confortável usá-las no frio do que no calor, mas isso não é um enorme problema”, diz.
Entretanto, os meses de dezembro e janeiro, por exemplo, podem dar a vantagem aos pacientes de dar um tempo adequado para a recuperação. É nos meses de junho e julho nos quais as férias das pessoas geralmente são menores, o que acarreta em um tempo de recuperação também mais curto porque todos têm que trabalhar. Além disso, com o clima adverso que se tem hoje no Brasil, não é possível prever qual é a melhor época para realizar um procedimento cirúrgico.
Contudo, os cuidados devem ser sempre tomados à risca. De acordo com Pacheco, é possível passar por uma cirurgia ou uma lipoaspiração em qualquer período do ano – sempre adotando uma postura cautelosa. “O paciente não deve se expor diretamente ao sol durante 30 dias em nenhuma circunstância, isso porque as cicatrizes podem escurecer e as equimoses – manchas roxas da lipoaspiração ou da própria cirurgia – podem adquirir um aspecto de tatuagem com a ação do sol. O ideal é se proteger por, pelo menos, 90 dias – seja com protetor solar ou roupas”, alerta o especialista.
Com a lista de precauções indicados por um profissional, quem quiser estar pronto para o verão deve ter realizado sua operação até o final de novembro. “Se o objetivo for de passar as férias de janeiro na praia, daria tempo de eliminar aquela sobrinha indesejada. Porém, é preciso bastante atenção, porque é melhor manter a saúde em dia do que eliminar uma dobrinha”, ressalta.
As cirurgias mais procuradas nesta época do ano são as de mama, as lipoaspirações e as de plásticas de abdômen. O doutor adverte que tudo é uma questão de escolha: é necessário optar pelo que deseja realizar e saber o tempo mínimo que levará para isso acontecer. “Se o problema fosse o calor, nos locais mais quentes do mundo ninguém faria cirurgia plástica”, conclui Alderson.