Deficiência de vitamina D favorece o desenvolvimento de câncer de mama

Segundo as pesquisas, há uma relação direta entre o nível de vitamina D no sangue e a presença de um gene chamado ID1, associado ao crescimento de tumores e de câncer de mama

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Um estudo realizado pela Universidade de Medicina de Stanford concluiu que a deficiência de vitamina D no sangue pode favorecer o desenvolvimento de câncer de mama, além do agravamento de outros tipos de tumores. Segundo as pesquisas, há uma relação direta entre o nível de vitamina D no sangue e a presença de um gene chamado ID1, associado ao crescimento de tumores e de câncer de mama. Essa informação foi acrescentada a estudos anteriores que já haviam concluído que a deficiência da substância não apenas aumenta as chances de desenvolvimento da doença, como também deixa os sintomas mais agressivos. 
A pesquisa foi inicialmente realizada em ratos, mas os pesquisadores analisaram pacientes com câncer de mama e descobriram que os níveis de vitamina D estavam inversamente relacionados aos da proteína ID1. As mulheres que tinham menos vitamina D no sangue apresentaram mais ID1 nos tumores. 
O professor Brian Feldman, que coordenou o estudo, afirmou que a incapacidade das células tumorosas de responder à presença da vitamina D também podem ser um fator de desencadeamento do câncer: Se a mulher tiver altos índices de vitamina D e mesmo assim desenvolver a doença, pode ser que suas células sejam incapazes de responder à presença da substância. No experimento que fizemos com ratos, esse fator foi suficiente para o desencadeamento do câncer. Feldman disse, também que os estudos ainda estão no início, mas a associação direta entre a substância e a proteína está praticamente comprovada. Apesar de precisarmos fazer mais investigações, a pesquisa já sugere que tratamentos à base de vitamina D podem potencializar os resultados.
Segundo o Instituto de Medicina, a dose diária de vitamina D para pessoas de até 70 anos é de 15 microgramas (0,015mg) e de 20 microgramas (0,02mg) para idosos acima de 70 anos. Já as mulheres grávidas devem ingerir 10 microgramas (0,01) da substância por dia.

Nicolas Lazaretti - oncologista do Centro Integrado de Terapia Onco-Hematológica (CITO). Responsável Tumores Genitourinários, Ginecológicos, Tumores de Mama e Sarcomas.

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