É isso mesmo, levar comida preparada de casa para o trabalho, mais conhecida como marmita, virou moda. Já faz um tempo que se tornou inviável comer todos os dias fora de casa, tanto para a saúde quanto para o bolso e por isso, cada vez mais as pessoas estão optando por fazer sua própria comida. “Para quem trabalha fora de casa sabe que comer todo dia na rua nem sempre é tarefa das mais gostosas e saudáveis. Há também o problema de não se conhecer a procedência dos alimentos”, destaca a nutricionista Patrícia Folle. Ainda segundo ela, levar marmita de casa é uma estratégia mais barata, o que também ajuda no orçamento. Mas, para garantir a qualidade da sua refeição, alguns cuidados devem ser tomados na hora de preparar e armazenar os alimentos.
De acordo com Patrícia, o preparo pode ser o mesmo utilizado no dia a dia, com alguns cuidados extras, principalmente sobre o tipo de recipiente que será utilizado tanto para transporte quanto para a conservação dos alimentos. Afinal, ninguém quer ter problema com intoxicação. Mas é preciso prestar atenção em alguns detalher como ter o mínimo de gordura possível, dispensando frituras e preferindo grelhados, assados e cozidos.
O recipiente de plástico é o preferido, como lembra a nutricionista, mas é preciso ficar atento, pois alguns contêm substâncias tóxicas, como o bisfenol. “Para essa situação, o ideal é sempre despejar a refeição em um prato antes de levá-la ao reaquecimento”, explica.
Os recipientes de alumínio são menos práticos. Molhos à base de tomate, por exemplo, havendo o contato com o material, podem sofrer alteração no sabor e causar reações alérgicas ou problemas gastrointestinais. Além disso, não podem ir ao micro-ondas.
O mais recomendado é o vidro. “Trata-se do melhor recipiente para ir ao forno, seja convencional ou micro-ondas, como também no sistema banho-maria. Para completar, não conserva o sabor de outros alimentos e é fácil de lavar”, lembra a nutricionista. Uma dica importante, é que o recipiente precisa ser bem higienizado antes e depois de receber os alimentos.
Já para transportar os alimentos em segurança e sem estragar, a recomendação da nutricionista é utilizar sempre uma bolsa térmica com gelo em gel ou placas de gelo. “Na ausência da bolsa térmica, os recipientes podem ser transportados em bolsas e mochilas, desde que o tempo fora de refrigeração não ultrapasse uma hora”, frisa.
Ao chegar no trabalho, a primeira coisa que deve fazer é colocá-los na refrigeração para não correr o risco de ter uma intoxicação alimentar. Se o local não tiver um refrigerador, a dica é manter o gelo na bolsa para manter a temperatura e conservar o alimento.
No caso das saladas, Patrícia recomenda que elas estejam em um recipiente separado, assim não se tem problema na hora de aquecer. Não é aconselhável temperar antes a salada de folhas ou de legumes. “Corte os alimentos depois de higienizados e, quando necessário, cozinhe-os”, ensina. Se você não vive sem tempero, prepare-o em casa e leve-o em um vidro tampado.
Se for levar frutas inteiras, embale em papel toalha. Se optar por levá-las já cortadas ou em forma de salada de frutas, utilize recipiente com tampa e feche bem, mantendo na volsa térmica para evitar a perda da qualidade da fruta até o consumo.
Como montar o prato?
Uma boa saída, segundo Patrícia, é buscar o equilíbrio no prato: “a metade do prato deve ser de vegetais coloridos, a outra metade será divida em partes: uma parte com opção de carboidratos, como arroz ou macarrão integral - vale até mesmo complementar com leguminosa (feijão, lentilha, etc) - e a outra parte com carne magra (frango desfiado, alcatra, lombo cozido).
Mais Dicas
- Organize-se montando o seu cardápio e prepare as suas refeições sempre com tempo.
- Não encha demais a vasilha, para não criar o hábito de consumir mais que o necessário.